Mutuípe festeja 95 anos de emancipação política, veja vídeo
Aniversário foi marcado pela reestreia da fanfarra
Mutuípe celebra nesta terça-feira (12), 95 anos de emancipação política, ontem aconteceu um culto em ação de graças na primeira igreja Batista, na manhã de hoje teve missa na igreja matriz, em seguida desfile da fanfarra, hasteamento da bandeira e durante a tarde inauguração do calçamento da região da Agua Fria, distante cerca de 20 KM, sede do município.
O professor Ruy Leal de Oliveira, acompanhou o desfile vestido com a farda do colégio de Mutuípe, confeccionada há 25 anos e não conseguia esconder a emoção bem como a alegria em ver o resgate às tradições culturais nas ruas.
Os deputados Pedro Tavares (DEM) e Adalberto Rosa – Dal, do PP, participaram das cerimonias, que teve ainda presença de vereadores, secretários, integrantes da gestão e diversas pessoas da comunidade. A tradicional micareta acontece na data, mas devido a pandemia foi suspensa pelo segundo ano consecutivo.
História da cidade.
Originou-se de uma aldeia de Índios Cariris, adquirida por volta de 1860 uma área por Manuel João da Rocha que passou a ser conhecida por fazenda Mutum, nome dado pela abundância dessa espécie de aves no local.
A fertilidade do solo que trouxe o desenvolvimento de culturas de fumo, café e mandioca nas proximidades do rio Jiquiriçá, assim como também a cultura da cana-de-açúcar e criação de gado para atender a demanda do Recôncavo açucareiro, aliados ao espírito acolhedor dos primeiros povoadores concorreram para o desenvolvimento inicial do arraial.
Fator decisivo para o seu desenvolvimento foi a chegada da linha férrea em 1905, através dos trilhos da Train Road de Nazaré, no seu avanço para o sudoeste baiano até Jequié. Promovendo não só o transporte de pessoas, mas também o escoamento da produção cafeeira do vale e a sua integração com as outras localidades e principais centros regionais.
No dia 30 de setembro de 1910 o Governador João Ferreira de Araújo Pinho, através da Lei Número 778 decretou a transferência da sede do Distrito de Paz do Riacho da Cruz para o povoado Mutum. Com a criação do município de Jiquiriçá, o Distrito de Mutum ficou pertencendo a este Município.
O desenvolvimento da Vila Mutum foi prejudicado por duas calamidades: a enchente do Rio Jiquiriçá em 1914 e o surto epidêmico da varíola em 1919. Após superar esses obstáculos, a Vila Mutum começou a crescer, através do desenvolvimento da lavoura e do comércio sendo elevada da categoria de Vila do povoado Mutum para a denominação Mutuípe pelo Governador Marques de Gois Calmon, na conformidade da Lei Número 1882, de 26 de julho de 1926. O Movimento autonomista foi liderado pelo Dr. Bartolomeu Antero Chaves. E sua posse jurídica ocorreu em 12 de outubro de 1926.
Nos anos 30, a queda do café no mercado externo, provocou uma forte retração na economia do vale com a transferência de capitais e a concentração de terras para a criação de gado. A proibição da exportação de café de terreiro e do fechamento da ferrovia na década de 60, houve um retrocesso econômico. Mais tarde chega a CEPLAC buscando retornar o nível de desenvolvimento anterior agora com a expressão da lavoura cacaueira na década de 70 em diante.
Considerando o período áureo do cacau, houve até um acerta prosperidade no município, mas com os vários planos de estabilidade da moeda e a queda dos preços nos últimos 20 anos, hoje encontramo-nos em situação latente de falência. Em Virtude disto, houve uma emigração acelerada e sem ordenamento da zona rural para a zona urbana, além daqueles que saíram do município deslocando-se para os grandes centros urbanos (São Paulo e Salvador) causando o empobrecimento acelerado da população existente, atingindo mais de 80%.
Esse deslocamento desordenado da zona rural para a zona urbana, desarticulou as famílias forçando estas mais carentes com seus filhos a ficarem excluídos do engajamento social. Wikipédia
