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Mulher tem artéria rompida e morre logo após dar à luz: “Irresponsáveis”, diz viúvo

Uma notícia que repercutiu em todo o país e causou uma comoção nacional: uma mulher de 32 anos morreu após complicações no pós-parto em Guarujá, no litoral de São Paulo. Thamirys Almeida Lopes de Souza apresentou problemas ao fazer uma laqueadura logo após a cesárea. Em entrevista ao G1, o marido e marinheiro Thiago Gonçalves de Souza, de 32 anos, relata que estava junto com a esposa quando as complicações começaram. “Não tivemos nenhum problema durante o parto. Ninguém esperava o que iria acontecer”, relata.

O marinheiro explica que a esposa deu entrada no hospital às 15h, no dia 2 de março, quando começou a sentir contrações. Apesar de chegar mais cedo, ela foi encaminhada ao centro cirúrgico por volta de 21h30. Thiago conta que estava junto e acompanhou o parto do filho de perto. De acordo com ele, no momento da laqueadura uma artéria foi rompida.

“Na hora não entendi. Me colocaram para fora da sala. Mais tarde, em conversa com o médico, fui informado que romperam a artéria e isso fez com que ela perdesse muito sangue”, explica. O esposo ainda relata que os médicos afirmaram que os procedimentos necessários foram feitos, e que Thamirys estava entubada, em coma induzido, após receber bolsas de sangue.

O marido viu o início das complicações e conta que o momento foi traumatizante. “Usaram cerca de 29 ‘paninhos’ para tentar conter o sangue, e todos saíam encharcados”, descreve. No dia seguinte, por volta de 6h30, ele descobriu que a mulher morreu. “É uma dor que ninguém entende”, desabafa.

Thamirys deu a luz a Yan, e, além do recém nascido, tem outros dois filhos com o marinheiro. Thiago explica que todos os partos foram cesárea, e ela passou pelas duas cirurgias anteriores sem grandes complicações. Ele relata que a jovem teve ‘placenta baixa’ no segundo parto, mas que a gravidez de Yan não apresentou nenhuma dificuldade.

Thiago conta que está com a mulher desde os treze anos. “Crescemos juntos, amadurecemos juntos e tivemos três filhos. É revoltante, eu não consigo entrar naquele hospital, com pessoas irresponsáveis”, lamenta.

Depois de descobrir o que aconteceu, ele decidiu registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Guarujá. Para o marinheiro, denunciar e falar sobre o assunto é uma forma de evitar que o caso aconteça com outras pessoas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como morte natural e é investigado pela Delegacia Sede do Guarujá. O corpo da vítima foi encaminhado para exame necroscópico e, assim que finalizado, o laudo será entregue à Polícia Civil que segue em diligências para esclarecimento dos fatos. G1

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