Economia

Muito mais que o Copom

As reuniões do Copom, como a que hoje elevou a Selic de 9,25% para 10,75%, deveriam soar como alerta sobre tudo o que deixamos de fazer a contento para colhermos crescimento econômico com geração de emprego e renda de modo sustentável.
 

O novo patamar da Selic incomoda, e muito, já que a inflação que visa combater não apresenta um perfil condizente para um tratamento exclusivo via aumento dos juros.
 

Mas deveriam incomodar muito mais as razões que movem o Copom a refrear a atividade econômica já combalida.
 

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) as questões conjunturais, em geral de curto prazo e que definem as ações monetárias do Banco Central (BC), não devem sobrepor-se às razões estruturais que influenciam a economia nacional. Muito mais que o BC e o Tesouro, são os poderes da República e a sociedade que devem dar as diretrizes visando o interesse comum do desenvolvimento nacional.
 

Para tanto, além de reconhecer as virtudes do setor primário e sua importância para a economia brasileira, é preciso também almejar o mesmo dinamismo para o setor industrial. A indústria de transformação é o principal canal de geração de inovações e espraiamentos tecnológicos para os demais setores.
 

A expansão da renda e a geração de empregos de qualidade são características da indústria de transformação, com impactos positivos generalizados, do agronegócio aos serviços. Por isso, a Fiesp afirma: é preciso pensar para além do Copom.

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