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Moro estava decidido a sair antes de exoneração de Valeixo, diz jornal

O ex-juiz federal e, agora, ex-ministro Sergio Moro decidiu deixar o Ministério da Justiça antes mesmo da exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, na última sexta-feira (26). A informação é do jornal Folha de S.Paulo. O ministro anunciou sua saída na última sexta-feira (24).

O motivo era a insistência do presidente da República, Jair Bolsonaro, em interferir na PF. As cobranças passaram a ser mais frequentes nas últimas semanas, quando Moro apoiou as medidas de distanciamento social recomendadas pelo ministro da Saúde da época, Luiz Henrique Mandetta. O médico foi exonerado por discordâncias com Bolsonaro.

Segundo a Folha, no encontro da última quinta-feira (23), Moro foi informado por Bolsonaro de que Valeixo seria exonerado até o final da semana, e o próprio presidente definiria o substituto. Moro teria indicado o nome do delegado Disney Rosseti, da Diretoria Executiva e segundo na hierarquia da PF, mas Bolsonaro rejeitou. Dez minutos de conversa depois, Moro teria pedido demissão.

A semana, ainda conforme informações do jornal, foi marcada por uma aparente tensão por parte do ministro. Já na terça-feira (21), Moro teria sido informado de que Bolsonaro o confrontaria sobre mudança na PF. O então ministro avisou à equipe que, se isso acontecesse, ele sairia do governo.

Na véspera da demissão, Moro teria orientado assessores próximos a copiar arquivos pessoais em seus computadores e celulares funcionais. À noite, ele teria recebido uma ligação de Maurício Valeixo confirmando que a exoneração sairia no dia seguinte.

Bahia.ba

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