Saúde

Mitos e Verdades sobre a Coqueluche

coqueluche 2 1
Foto: Hermespardini

A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano.1 A doença é transmitida facilmente de pessoa para pessoa, e os bebês de até seis meses de idade, que ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), são mais suscetíveis à doença.1,7 As mães são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente, 39% dos casos.2

Por isso, é importante conhecer a doença, saber como se prevenir e como proteger as gestantes e os bebês. Confira alguns Mitos e Verdades sobre a doença.

– A coqueluche não é uma doença grave.

MITO – A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil.1 A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida.1 Os bebês até os seis meses de idade ainda não completaram o esquema primário de vacinação com a vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), e por isso estão mais suscetíveis à infecção pela Bordetella pertussis.1,7

As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio.Mais de 90% das crianças menores de 2 meses infectadas pela coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.4

– A coqueluche é facilmente transmitida.

VERDADE – A coqueluche é uma doença altamente contagiosa e é transmitida facilmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar.1,5,6

– As mães são as principais transmissoras de coqueluche para seus bebês.

VERDADE – Como a mãe é, normalmente, a pessoa que fica mais próxima durante os primeiros meses de vida do bebê, elas são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente, 39% dos casos.2

– A vacina contra a coqueluche deve ser tomada apenas na primeira gestação.

MITO – A vacina contra a coqueluche deve ser tomada a cada gravidez.7 Com isso, cada bebê nasce com anticorpos adquiridos com a vacinação da mãe, que podem protegê-los nos primeiros meses de vida, até que completem o seu esquema vacinal primário.7,8,13

Segundo o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, uma dose da vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular), a cada gestação.7 Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.7,9,15

Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se pelo menos duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês. 7,9,15

– Outros familiares do bebê precisam se vacinar.

VERDADE – Qualquer pessoa que seja próxima do bebê, como irmãos, pais, avós ou babás, podem transmitir a coqueluche através de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar.1,2,5,6 Muitos recém-nascidos podem contrair a coqueluche de irmãos ou irmãs mais velhos, outros membros da família ou cuidadores, que podem não saber que têm a doença.10,11 Entre os principais transmissores da Bordetella pertussis, bactéria que causa a doença, estão: a mãe (39%),  os  irmãos  (16%  a  43%),  o  pai  (16%)  e  os  avós  (5%).2,5  Por  isso, a vacinação  da  família  toda  é  essencial  e  pode  funcionar  como  uma verdadeira rede de proteção ao redor do bebê que vai nascer.2,12

Diferentemente da imunização materna, em que a mulher deve se vacinar contra a coqueluche a cada gravidez, para os familiares do bebê recomenda-se repetir a dose da dTpa somente a cada 10 anos.7,8,14

– Vacinas tomadas na gestação podem apresentar riscos para as mães e os bebês.

MITO – As vacinas recomendadas para as gestantes são inativadas, ou seja, são usados somente partes das bactérias já mortas e não apresentam riscos de causar infecção na gestante e no bebê.8,15,16,19

– A vacina contra coqueluche é gratuita para as gestantes.

VERDADE – A vacina contra coqueluche (dTpa) é gratuita para as gestantes nos postos de saúde.7,9 O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda, a cada gestação, a administração de 1 dose de dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) a partir da 20ª semana de gestação.7

– Após o nascimento do bebê, é importante adotar algumas medidas de higiene que pode protegê-lo contra doenças.

VERDADE – Algumas medidas simples de higiene como cobrir a boca e o nariz com um lenço ao tossir ou espirrar; não beijar o bebê no rosto e nas mãos; lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de pegar o bebê; e evitar contato com pessoas doentes, podem protege o bebê de doenças transmitidas por contato, como a coqueluche.2,17,18

Sobre a GSK

Uma das indústrias farmacêuticas líderes no mundo, a GSK está empenhada em melhorar a qualidade de vida humana permitindo que as pessoas façam mais, sintam-se melhor e vivam mais. Para mais informações, visite www.gsk.com.br.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Referências:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012—Coqueluche-08.12.15.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  2. WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine,31(4): 618-25, 2013.
  3. DE SERRES, G. et al. Morbidity of pertussis in adolescents and adults. The Journal of Infectious Diseases, 182(1): 174-9, 2000.
  4. HONG, J. et al. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of Pediatrics, 53(5): 629-633, 2010.
  5. CENTERS FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL. Pertussis (Whooping Cough) Questions and Answers. Disponível em: <http://www.immunize.org/catg.d/p4212.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  6. CENTERS FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL. Pertussis (Whooping Cough). Causes and Transmission.2017. Disponível em: <https://www.cdc.gov/pertussis/about/causes-transmission.html>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  7. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2019. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/geral/calendario_vacinacao_2019.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinação gestante: sucesso de proteção para mãe e filho. 2018. Disponível em: <https://vacinasparagravidas.com.br/public/docs/guia-da-vacinacao.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019
  9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2019/2020 (atualizado até 28/04/2019).  Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  10. NATIONAL HEALTH SERVICE. Whooping cough. 2019. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/whooping-cough/>. Acesso em: 15 ago. 2019
  11. THE AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Update on Immunization and Pregnancy: tetanus, diphtheria, and pertussis vaccination. Number 718, September 2017. Disponível em: <https://www.acog.org/Clinical-Guidance-and-Publications/Committee-Opinions/Committee-on-Obstetric-Practice/Update-on-Immunization-and-Pregnancy-Tetanus-Diphtheria-and-Pertussis-Vaccination?IsMobileSet=false>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  12. KORPPI, M. Whooping cough – still a challenge. J Pediatr (Rio J), 89(6):520-522, 2013.
  13. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe técnico para implantação da vacina adsorvida difteria, tétano e coqueluche (pertussis acelular) tipo adulto – dTpa. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T–cnico-dTpa-2014.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2019/2020 (atualizado até 05/08/2019). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019
  15. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2017. 170p.
  16. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinas. Disponível em:<https:// familia.sbim.org.br/vacinas>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  17. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping Cough). Prevention. 2017 Disponível em: <https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  18. AMERICAN THORACIC SOCIETY. What is pertussis (Whooping cough)?. Disponível em: <https://www.thoracic.org/patients/patient-resources/resources/pertussis.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
  19. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Guia de Imunização SBIm/SBI – HIV/Aids 2016-2017. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/guia-hiv-sbim-sbi-2016-2017-160915b-bx.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2019.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios