Ministros são orientados por Lula a não criar novos programas
Durante a reunião ministerial desta quinta-feira (09), no Palácio do Planalto, o presidente Lula instruiu os ministros a implementarem os projetos já propostos. De acordo com o ministro da Casa Civil, a ênfase agora é em colher os frutos do trabalho realizado até o momento, e não mais em semear novas ideias.
“A orientação é que chegou a hora da colheita e de implementar tudo aquilo que foi anunciado. Ele [Lula] não quer mais a criação de programas, de propostas novas, não é um momento de plantar, é o momento de regar, botar fertilizante e colher. Então, daqui para frente é cuidar do que foi plantado e fazer com que a gente possa até o final do mandato colher, porque se a gente continuar querendo plantar até o final do mandato, você não vai colher o que tentou plantar”, disse Rui Costa ao fim da reunião.
Indagado sobre como os ministros estão lidando com o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, que impactou diversos setores do governo, Costa afirmou que todos concordam que a ação é imprescindível.
“Corte é corte, se precisar ajustar ninguém vai estar com um sorriso na orelha, mas é necessário em função do compromisso reiterado pelo presidente de compromisso com sua política fiscal, com a responsabilidade fiscal, com o equilíbrio fiscal. Todos estão cientes disso e vida que segue”, disse.
Todos os ministros e representantes do governo, incluindo líderes do Congresso, do Senado, da Câmara dos Deputados e dirigentes de diversas instituições financeiras e empresas estatais, participaram da análise dos últimos dezoito meses de gestão.
Lula deu instruções aos ministros sobre como agir durante as eleições municipais deste ano. De acordo com Rui Costa, é permitido que cada um apoie os candidatos que preferir, porém é importante evitar críticas e ataques aos oponentes.
“Ele queria que cada ministro replicasse o modo de fazer política que ele tem defendido, ou seja, da cintura para cima, defendendo valores, defendendo propostas e não de ataque a adversários. Porque cada ministro, mesmo que lá não esteja falando no cargo de ministro, simboliza o governo e ele gostaria que o símbolo do governo dele fosse de que cada um é muito enfático na defesa do seu candidato, mas não precisa colocar adjetivos negativos”, explicou o chefe da Casa Civil.