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Ministro defende residência médica em atenção básica e emergência

MINISTRO DA SAÚDE 2Criticado pela classe médica desde que apresentou a ideia de estender mais dois anos à formação dos médicos brasileiros, e depois de o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmar que o tempo adicional deve ser transformado em residência médica em qualquer área, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a defesa de que que a formação ocorra apenas nas áreas de urgência, emergência e atenção básica. “Achamos que essa proposta (de residência) precisa de detalhamento, mas é um bom debate”, disse Padilha, para acrescentar depois que esses dois anos seriam “mais amplos, concentrando-se em atenção básica, e urgência e emergência”. O projeto Mais Médicos apresentado pelo governo federal há três semanas previa que os dois anos adicionais completassem a formação do médico, que seria estendida de seis para oito anos. Nos anos finais, os recém-formados receberiam uma bolsa para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de saúde básica e atendimento de urgência. As reclamações da classe médica vieram de todos os lados. Entidades que representam a categoria e acadêmicos alegaram que o governo não apenas ia atrasar ainda mais a formação como arrumaria mão de obra barata para trabalhar no SUS. Os salários previstos são de R$ 10 mil mensais, além de auxílio descolamento de R$ 20 mil (R$ 30 mil para a região Norte). A mudança desses dois anos em parte da residência médica está prevista na medida provisória que criou o programa Mais Médicos. No entanto, a comissão montada pelo MEC propõe, inicialmente, que os dois anos sejam transformados em residência regular, em todas as áreas, de forma obrigatória com abertura de vagas para todos os formandos – hoje apenas metade consegue uma residência. Mercadante defende que essa proposta não apenas une as áreas de educação médica, como ajuda a formar especialistas que o país precisa. No entanto, a ideia retira o que Padilha apontou como um dos pontos centrais do projeto: dar uma formação mais humanista e integral aos médicos brasileiros. Informações da Agência Estado.

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