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Ministro Alexandre de Moraes é acusado de agir “fora do rito” do TSE para abastecer inquérito das fake news

Oposição acusa Moraes de agir com parcialidade e interesses pessoais.

Nesta terça-feira (23), a Folha de S. Paulo revelou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), adotou ações “fora do rito” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alimentar o inquérito das fake news em andamento no STF.

A atuação do ministro, bastante contestada pela direita, tem gerado novas solicitações de impeachment. Deputados e senadores já iniciaram um movimento para coletar assinaturas com o objetivo de apresentar um pedido de afastamento do ministro.

Coletiva de imprensa marcada para quarta-feira (14)

Uma coletiva de imprensa ocorrerá nesta quarta-feira (14), às 15h. Já há apoio sinalizado de 35 senadores e deputados ao pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.

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Atuação fora do tiro endossa defesa de pedidos de impeachment de Moraes.

Pedido de afastamento com apoio da sociedade civil

De acordo com Eduardo Girão (Novo), Flávio Bolsonaro (PL), Marcel van Hattem (Novo) e Filipe Barros (PL), a ideia é que o pedido de afastamento do magistrado tenha apoio da sociedade civil. Isso poderia incentivar outros parlamentares, que atualmente se opõem à ideia, a apoiar a iniciativa.

O pedido de afastamento deve alegar crime de responsabilidade, citando a atuação do ministro em relação aos réus do 8 de janeiro, ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e às multas aplicadas ao senador Marcos do Val, entre outros pontos.

Vaza Toga: Folha revela ações “fora do rito”

Ontem, a Folha de S. Paulo teve acesso a mensagens de assessores de Alexandre de Moraes, revelando ações fora do rito para garantir a continuidade do inquérito das fake news. As conversas ocorreram via WhatsApp.

Segundo a Folha, o TSE auxiliou o gabinete de Moraes no STF. “As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, com o órgão de combate à desinformação do TSE sendo utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano”, afirma o jornal.

Nas conversas, o assessor Airton Vieira solicitava relatórios específicos contra pessoas ligadas a Bolsonaro, incluindo Eduardo Tagliaferro.

Conforme o Antagonista, a Folha está em posse de mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos.

Segundo o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, não há “nenhuma ilegalidade gritante” nas revelações. Posteriormente Gilmar Mendes e Edson Fachin também adotaram posicionamentos similares.

Especialistas afirmam que Moraes utilizou o poder de polícia, o que é garantido aos juízes. Contudo, a oposição argumenta que Moraes tinha alvos específicos e agiu supostamente fora da lei.

Moraes se manifestou publicamente sobre as acusações dizendo que “todos os procedimentos foram oficiais e regulares”. Por fim, Tagliaferro, que deixou o cargo após acusações de violência doméstica em 2023, declarou: “Cumpria todas as ordens que me eram dadas e não me recordo de ter cometido qualquer ilegalidade.”

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