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Ministério da Agricultura investiga suspeita de ‘vaca louca’ no Brasil

O Ministério da Agricultura (Mapa) está investigando um possível caso de “vaca louca” em um frigorífico de Minas Gerais. Durante a inspeção pré-abate, auditores fiscais perceberam um comportamento suspeito no animal.

Segundo o Mapa, há chances de ser um caso atípico — quando a doença ocorre de maneira espontânea no organismo. Contudo, a pasta informou que amostras do animal já foram enviadas para um laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal, no Canadá. Agora, os resultados são aguardados.

O caso repercutiu entre os pecuaristas e frigoríficos, diante do receio de que compradores internacionais suspendam as exportações de carnes. Como efeito, a cotação futura da arroba do boi gordo na bolsa de valores brasileira caiu R$ 13,60 na quarta-feira 1º. Fechando o dia a R$ 296,95.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes disse que não vai se manifestar até que o Mapa obtenha os testes laboratoriais.

O que é o mal da vaca louca?

A Encefalopatia Espongiforme Bovina é uma doença neurodegenerativa fatal, que afeta bovinos. A doença é causada por uma forma de proteína, chamada príon. Os príons causam a morte das células cerebrais, formando buracos no cérebro, parecidos com os de uma esponja.

A doença se manifesta através de mudanças no comportamento do animal. Ela causada alterações do estado mental, como nervosismo e agressividade. Uma falta de coordenação motora durante a marcha, a incapacidade de se levantar e a falta de apetite são alguns dos sinais.

Desde 2012, o status sanitário brasileiros para EEB é de risco insignificante, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal. Ao todo, o Brasil já apresentou três casos atípicos de mal da vaca louca nos últimos 20 anos. Diferentemente do caso clássico, que ocorre quando os animais consomem carne da própria espécie, o caso atípico ocorre naturalmente em bovinos de idade avançada, tal como o Mal de Alzheimer em humanos. É por essa razão que alguns compradores da carne brasileira, como a China, exigem que a proteína exportada para o país seja de animais com até 30 meses.

Revista Oeste

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