Cotidiano

Mercado questiona queda no preço da gasolina

BOMBA DE GASOLINA FOTO GRANDEA política de preços instituída pela Petrobras em outubro do ano passado está sendo questionada pelo mercado desde que a estatal anunciou redução dos preços da gasolina e do diesel na última quinta-feira (25). Analistas afirmam que a gasolina está sendo vendida no Brasil, no mínimo, sem prêmio com relação às cotações internacionais.

A redução foi de 5,4% no preço da gasolina e de 3,5% no preço do diesel. Os preços já foram cortados três vezes só este ano, o que colaborou para o recuo da inflação.

“Foi estranho. A gente imaginava que ia subir, pois o petróleo e o câmbio estavam subindo”, disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, à Folha de S. Paulo.

Segundo seus cálculos, a Petrobras ficou sem margem de lucro na importação de gasolina após os últimos cortes. Já no caso do diesel, ainda há margem de 17%.

A surpresa no mercado foi grande, tanto que o UBS divulgou a seus clientes um relatório específico sobre o tema. “Nós normalmente não escrevemos sobre ajustes de preços mensais, mas este chamou a nossa atenção por algumas razões”, escreveram os analistas Luiz Carvalho e Julia Ozenda.

Os especialistas citam, entre as razões, “diversas” cartas enviadas por seus clientes alegando que os preços deveriam subir.

Dois dos índices usados pela empresa para definir os preços, o petróleo e o dólar, subiram entre o anúncio do último ajuste (alta de 2,2% na gasolina e de 4,3% no diesel), no dia 20 de abril, e a véspera do anúncio dos cortes da última quinta, lembrou a publicação. O petróleo teve alta de 1,37% e o dólar de 3,85%.

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