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Mercado de artesanato movimenta R$ 50 bilhões por ano no Brasil

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Foto: Divulgação

Trabalhos manuais e exclusivos feitos com a ajuda de ferramentas tradicionais, como lixadeira, máquina de costura, martelo e tesoura, tornaram-se uma grande alternativa para quem gosta de colocar a mão na massa ou até mesmo para quem está sem emprego. No Brasil, esse setor movimenta cerca de R$ 50 bilhões em um único ano. Com o aquecimento, surgem pequenos e médios empreendimentos voltados para a venda de produtos personalizados.

A oportunidade também aparece para as pessoas que desejam um complemento de renda. Nesse caso, o trabalho normalmente é feito em casa, depois do expediente. O movimento é impulsionado pelo desejo dos consumidores de ter um produto com um toque personalizado e feito à mão – ou seja, sem a produção em massa, comum em outras indústrias com a venda de itens idênticos para todas as pessoas.

A cultura do “faça você mesmo” (do it yourself, em inglês), também é mais um atributo que se adiciona aos demais para impulsionar o mercado de artesanato no Brasil. A criatividade e a inovação não têm fim, e uma caixa de sapato ou um móvel antigo podem se tornar verdadeiras obras de arte nas mãos de artesãos amadores ou profissionais. A diversidade cultural brasileira é outro aspecto que faz do artesanato um mercado em ascensão no país, com a produção de peças distintas, de acordo com a região na qual são produzidas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10 milhões de brasileiros ganham a vida com a comercialização de produtos artesanais. Já de acordo com uma pesquisa com mais de 3,6 mil artesãos brasileiros, feita pela plataforma digital Clube de Artesanato, a produção manual também pode ser complemento de renda ou um trabalho informal.

O levantamento foi realizado em 2017 com 3.649 entrevistados de todo o país e mostrou que, apesar do aquecimento do mercado, apenas 17,7% dos artesãos são legalizados como microempreendedor individual (MEI). O restante permanece na informalidade, sendo que 45,8% disseram que não têm interesse em se registrar e 21,5% afirmaram que não saem da informalidade porque não têm incentivos do governo nem como arcar com os custos altos de uma empresa.

“De acordo com nosso levantamento, 70% das pessoas fazem artesanato e vendem entre amigos e familiares, e apenas 8% têm uma pequena loja, o que comprova, mais uma vez, a informalidade nesse ramo de negócio”, disse Lucas Ferreira, gestor de marketing do Clube de Artesanato. O levantamento também mostra que 49% dos entrevistados trabalham com artesanato para complementar a renda familiar. Em momentos de crise, o artesanato ajudou 56% dos entrevistados.

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