Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto tem morte cerebral, diz família; Criança tentou defender mãe
Tragédia ocorreu no bairro do Doron em Salvador
Arthur da Luz Santos, um menino de 7 anos, teve a morte cerebral confirmada, dizem familiares nesta quarta-feira (3). Ele foi esfaqueado pelo padrasto enquanto tentava salvar a mãe de uma agressão no bairro do Doron, em Salvador. Desde sábado (29), quando ocorreu o crime, Arthur estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE).
Tragédia familiar
Apesar dos esforços médicos, a mãe de Arthur, Mariza da Luz Santos, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no sábado. O suspeito do crime foi preso em flagrante.
Intervenção da Polícia Militar
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 23ª Companhia Independente foram acionadas após relatos de que um homem estava sendo agredido por populares na Travessa Ana Lúcia Torres. Ao chegarem, foram informados de que ele havia esfaqueado a companheira e o enteado, além de ter colocado seu próprio filho, de apenas um mês de idade, dentro de um balde com água fria. O suspeito também abriu o gás de cozinha da casa para intoxicar o bebê, trancou as crianças no imóvel e tentou fugir.
Resgate e socorro
Os militares conseguiram resgatar as crianças e as levaram para o HGE – Hospital Geral do Estado. O recém-nascido já recebeu alta e está com familiares.
Testemunho da família
Larissa Santos, irmã da vítima, declarou: “Ele sempre foi o demônio, ela sempre deu sinais que não queria mais ele, mas ele não saía da vida dela. Ele não saía de jeito nenhum, até que fez uma brutalidade dessa e tirou a vida dela.” Disse ela a TV Bahia.
Justiça
O homem foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, no domingo (30), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Larissa acrescenta: “Ela queria sair dele, mas ele perturbava ela todos os dias. Ele é um monstro, só peço justiça e que esse monstro não saia da cadeia.”
Histórico de violência
Segundo a Polícia Civil, ainda não há detalhes sobre a motivação do ataque, e testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Vizinhos e parentes relataram que Mariza sofria violência do companheiro, Rodrigo Bispo dos Santos, com quem convivia há três anos. A família já havia pedido que ela deixasse o relacionamento abusivo, temendo o pior.
Uma vizinha, que preferiu não ser identificada, afirmou: “Eles brigavam muito, ele batia muito nela, até quando ela estava grávida do menorzinho. Naquela noite, Rodrigo estava completamente transtornado e tentou escapar pela cobertura das casas. Ninguém dormiu aqui essa noite, com esse homem.”