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MEC quer ocupar vagas ociosas nas universidades públicas

MEC 2O Ministério da Educação (MEC) quer preencher as vagas desocupadas nas universidades públicas. No ano passado, eram 150 mil vagas ociosas nas redes federal e estadual de ensino superior, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2014, divulgado nesta sexta-feira (4) pelo MEC. As vagas são de estudantes que iniciaram o curso, mas, por algum motivo, desistiram, e atualmente são preenchidas internamente em cada universidade.

O MEC quer criar um Sistema de Seleção Unificada (Sisu) das vagas remanescentes para que estudantes de todo país possam se candidatar a cursos em períodos equivalentes ao que estão cursando. Poderão participar também estudantes que tenham bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “É uma vaga mais complexa para matricular porque o aluno já tem um histórico acadêmico que está cursando e o novo curso vai ter que analisar o currículo dele, as matérias que ele fez, a compatibilidade e vai fazer uma proposta de quais disciplinas vai ter que fazer para concluir o curso.

Como as universidades federais têm, em geral, os melhores cursos do Brasil, acho que vai ter uma ampla adesão e nós vamos trabalhar para não deixar nenhuma cadeira vazia na sala de aula”, explicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Segundo a Agência Brasil, o critério para preencher as vagas será o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, será considerado o desempenho do aluno na instituição na qual estuda, a nota do curso que está matriculado nas avaliações do MEC e a região de origem do estudante. Se as vagas não forem preenchidas, a pasta discute também ofertá-las a pessoas já formadas e que buscam uma segunda graduação.

A negociação está sendo feita inicialmente com as federais, mas, segundo o ministro, estaduais e municipais também poderão participar. As federais concentram 100 mil vagas ociosas, segundo os dados do ano passado. “São 100 mil estudantes [nas universidades federais] que poderiam estar cursando uma graduação, mas desistiram”, diz o ministro. “Vou ter que pagar professor, luz, laboratórios, biblioteca independente do número de alunos. Se eu trabalhar com matrículas plenas, vou estar gastando o mesmo que gastava, mas formando mais gente, aumentando a produtividade e a eficiência em sala de aula”, conclui Mercadante.

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