Política

Lídice acredita que saída de Wagner traz dificuldades para chapa governista na eleição

Deputada Federal e presidente estadual do PSB, Lídice da Mata foi a público mostrar descontentamento com os arranjos que acabaram com a renúncia do senador Jaques Wagner (PT) do posta de pré-candidato a Governador da Bahia, cargo que ocupou anteriormente entre 2006 e 2014. Após reunião com o partido na última segunda (28), Wagner confirmou que está fora da disputa e agora a base precisa se reorganizar e definir um novo nome para a cabeça de chapa nas próximas eleições.

“Estamos tratando de um projeto político que foi construido há muitos anos, vitorioso na Bahia desde 2006, onde o PSB, PC do B e diversos outros partidos tiveram uma intensa participação em sua construção. As principais decisões políticas desse período foram tratadas com participação, convite ou debate entre todas essas legendas. Uma decisão tão grave não poderia ser tomada de outra maneira”, afirmou a deputada em entrevista à rádio A Tarde FM, na manhã desta terça (1º).

Apesar do desagrado com a condução do processo, atribuída principalmente ao governador Rui Costa (PT) e seu interesse na candidatura ao Senado pela Bahia, Lídice defendeu que é hora de olhar para frente, se reorganizar e, desta vez, abrir diálogo com toda a base para que se chegue ao consenso sobre quem será, finalmente, o nome a liderar o grupo para outubro deste ano.

O favorito para ocupar esse posto é o senador Otto Alencar (PSD) podendo, dessa maneira, o PT compor a vice governadoria – como já chegou a ser projetado desde os primeiros sinais do recuo de Wagner. O bastidor revelado pela reportagem semanas atrás indicava a dobradinha de Otto com Moema Gramacho (PT), prefeita de Lauro de Freitas.

Seja qual for o arranjo, ele tornou a eleição ainda mais difícil para o grupo governista, conforme projetou Lídice da Mata durante a entrevista: “[A saída de Wagenr] não condena o projeto a derrota, mas acho que traz dificuldades para se definir novas escolhas. Somos todos vacinados, adultos, e temos que encontrar um caminho que seja o melhor para a Bahia e para um projeto de centro-esquerda”, disse Lídice.

Apesar dos bastidores condenarem o governador por todo o arranjo, Lídice tentou colocar panos quentes na situação e isentou Rui da culpa. Para ela, o erro foi de toda a condução do processo e, por isso, a deputada encara como legítima as manifestações contrárias de outros partidos da base. 

Em outros tempo, Otto dizia ser um improviso uma candidatura sua. Kassab a pontuou como um “castigo” da base. Porém, se a unidade for estabelecida, haverá a busca de uma vitória para os governistas diante de ACM Neto (UB) e João Roma (Republicanos), apesar de um ainda baixo sentimento de vitória.

Os mais otimistas apontam que a pesquisa Real Time Big Data da Record não mostrou um cenário trágico como alguns tinham de expectativa. Apesar de não empatar tecnicamente com Neto, com o apoio de Lula, Otto, na média da margem de erro, começaria a disputa com aproximadamente 30 pontos.

Bnews

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