Política

Lava Jato: João Santana e outros cinco terão que pagar multa de R$ 1,5 bilhões

MONICA MOURA E JOAO SANTANA - PRESOSO Ministério Público Federal (MPF) pediu que os réus da ação penal relativa à 23ª fase da Operação Lava Jato reembolsem uma quantia de R$ 1,5 bilhão para a Petrobras pelos danos decorrentes da corrupção. Além da multa, foi solicitado também a restituição de mais de R$ 790 milhões pelo produto do crime.

Os réus do processo são o ex-marqueteiro do PT João Santana, sua mulher Mônica Moura, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o engenheiro Zwi Skornicki, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e o ex-diretor da Sete Brasil João Ferraz.

Segundo a denúncia realizada pela força-tarefa da Lava Jato, João Santana e Mônica Moura receberam US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht entre os anos de 2012 e 2013 e mais US$ 4,5 milhões de Skornicki entre 2013 e 2014. Os investigadores alegam que o dinheiro é proveniente de propina retirada de contratos da petrolífera e da Sete Brasil.

Em audiência dirigida pelo juiz Sérgio Moro, João Santana e sua esposa declararam que os US$ 4,5 milhões entregues poe Skornicki foram de caixa dois da campanha eleitoral de 2010 da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ao ser questionada por Moro, Mônica disse não estar ciente da procedência do dinheiro. Contudo, em documento do Ministério Público entregue à Justiça Federal, os procuradores alegam que o casal sabia da origem do dinheiro, ou seja, que o casal mentiu. Eles acreditam que João e Mônica tinham conhecimento de que a quantia era resultante de corrupção e mesmo assim aceitaram. “Apesar do esforço argumentativo feito por Mônica Moura  e João Santana, observa-se claramente a incoerência e falsidade da tese defensiva”, afirmam os procuradores.
O único acusado que está preso é João Vaccari Neto, recluso no Complexo Médico-Penal, em pinhas, Região metropolitana de Curitiba.

Os réus estão sob a acusação dos seguintes crimes: Eduardo Musa, organização criminosa e corrupção passiva; João Santana, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; João Vaccari, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Mônica Moura, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Zwi Skornicki, organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

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