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Laudo do IML detecta pedrinhas no estômago de jovem envenenado por madrasta; suspeita é de chumbinho

De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), “quatro grânulos esféricos diminutos, de tamanhos variados, de coloração variando entre azul escuro e preto” foram encontrados na análise gástrica do estudante Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos de idade, sugerindo “a ingestão de um produto comercializado clandestinamente como raticida, popularmente conhecido como chumbinho”. O documento foi obtido pelo jornal O GLOBO.

Cíntia Mariano Dias Cabral, madrasta de Bruno, é acusada de envenenar seu enteado e está presa temporariamente por tentativa de homicídio. A acusada teria envenenado a refeição do jovem durante um almoço em sua residência, no último dia 15, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após a refeição, o jovem foi para a casa de sua mãe e então começou a sentir os sintomas do envenenamento.

Apesar da presença dos grânulos, não foi possível detectar a presença de inseticidas ou outras substâncias tóxicas no material analisado. “Mesmo com a presença de grânulos, um resultado negativo é possível devido a fatores como: tempo decorrido entre a ingestão do produto e a coleta do material para exame, dose utilizada e intervenções hospitalares realizadas, como a gástrica”, diz o documento.

A perita Denise Rivera, assessora técnica da Secretaria de Polícia Civil, afirmou que apesar de não ter detectado o chumbinho, os grânulos encontrados no estômago de Bruno são suficientes para configurar o envenenamento.

Presa temporariamente, Cíntia nega que tenha cometido o crime. A mulher ainda é suspeita de outros três crimes, sendo um deles a morte por envenenamento da irmã de Bruno, Fernanda Carvalho Cabral. Além disso, Cíntia é investigada pela morte de seu ex-namorado, o dentista Pedro José Bello Gomes, no ano de 2018, e de um vizinho, o representante farmacêutico Francisco das Chagas Fontenele, em 2020.

Bnews

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