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Laudo da PF indica que Lula orientou reformas de R$ 1,2 milhão em sítio

Policia Federal suspeita que sítio pertence ao ex-presidente.

sito de atibaiaLaudos anexados ao inquérito da Polícia Federal (PF) envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicam que as obras no Sítio Santa Barbara, em Atibaia (SP), frequentado pela família do ex-presidente, custaram R$ 1,2 milhão. A reforma ocorreu entre 2010 e 2014 e, de acordo com os peritos, aumentou a área da propriedade em 520 metros quadrados.
Os policiais apuram se a reforma foi paga por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e se houve favorecimento ilegal ao ex-presidente. Os agentes suspeitam que Lula seja o real dono do sítio e que tenha ocultado este patrimônio.
O sítio está em nome de dois sócios de um dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, e Lula afirma que frequenta o local na condição de amigo dos proprietários.
“Logo após a assinatura do contrato particular, foram elaborados os primeiros desenhos arquitetônicos para acomodar as necessidades da família do ex-presidente. No final do mês de outubro de 2010, foi assinada a escritura pública de compromisso de compra e venda do imóvel em questão. Tão logo o antigo proprietário entregou as chaves do imóvel, iniciaram-se as primeiras intervenções no Sítio, entre os meses de novembro e dezembro de 2010”, afirmam os peritos.
O relatório sinaliza que o total gasto com a compra e reforma do sítio em Atibaia, R$ 1,7 milhão, é incompatível com os rendimentos declarados por Fernando Bittar. Entretanto, os peritos sugerem uma perícia contábil mais aprofundada sobre a evolução patrimonial de Bittar.
Conforme o laudo, parte da reforma foi conduzida por um engenheiro da Odebrecht, e outra por um arquiteto da OAS.
Nesta segunda parte, é destacada a reforma na cozinha gourmet que custou R$ 250 mil. Tanto a Odebrecht quanto a OAS informaram que não vão se manifestar.
“A que mais se destaca pelo valor mobilizado foi a instalação da Cozinha Gourmet, em 2014, pelo valor aproximado de R$ 252.000,00, cuja execução foi acompanhada por arquiteto da empreiteira OAS, Sr. Paulo Gordilho, e, segundo sua comunicações, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa”, diz trecho do laudo.
Ainda como parte do laudo, os peritos divulgaram uma conversa entre o arquiteto e o presidente da OAS, Léo Pinheiro.
Léo Pinheiro fala que será preciso criar um centro de custos na OAS em virtude das obras. Ele sugere dois nomes: Primeiro Zeca Pagodinho, para o sítio, e Segundo Zeca Pagodinho para a praia.
Existe outro inquérito que tem como alvo o ex-presidente Lula relacionado a um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. A suspeita é de que obras no apartamento tenham sido custeadas pela OAS.
De acordo com o relatório, foram encontrados no sítio uma pasta cor de rosa, endereçada à Marisa Letícia, com croquis. Material semelhantes também foi encontrado na casa do casal em São Bernardo do Campo.
“Os croquis analisados referem-se a estudos realizados para construção de uma residência com quatro suítes, entre outras melhorias no Sítio. A sequência demonstra que se trata da construção edificada aos fundos da Casa Principal, ou seja, a Casa 01. Os croquis apresentam data de setembro de 2010”, diz o relatório.
Os peritos dizem que encontraram notas fiscais de materiais usados na reforma no apartamento do ex-presidente Lula, na busca e apreensão que foi feita em março, quando foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava Jato.
Na ocasião, o ex-presidente foi levado para depor coercitivamente – quando a pessoa é obrigada a comparecer frente a uma autoridade policial.
Outro relatório
A Polícia Federal já realizou outras análises no Sítio de Santa Bárbara. O documento anexado no sistema eletrônico Justiça Federal em março deste ano indicou que o local passou por reformas para atender as demandas de Lula e da família dele.
Dizia também que havia diversos objetos ligados a Lula a e esposa dele Marisa Letícial, mas que não foram encontrados objetos pessoais de Jonas Leite Suassuna Filho e de Fernando Bittar, que seriam os reais donos da propriedade rural.Fonte: G1

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