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Labradora que doa sangue já salvou mais de 15 cachorros em dois anos

 

O primeiro passo é pesar o animal, depois é colhida uma amostra de sangue para o teste de hemograma, e então é feito um furinho no pescoço que, em menos de dez minutos, enche uma bolsa de sangue de quase meio litro. Dessa vez, o gesto vem da cachorra de cinco anos.

“Sou doadora de sangue também, adoro doar para poder ajudar as pessoas, aí gostei da ideia da minha cachorra também salvar e ajudar os outros cachorros, então ela vem para doar sangue também”, contou a manicure Gabriela Compre.

Em seguida, a doação vai para uma máquina que separa o sangue e extrato o plasma, as plaquetas, leucócitos e hemácias, já que os cães têm pelo menos oito tipos de sangue, sem contar os subtipos.

“A parte vermelha das hemácias podem salvar em casos de anemia, as plaquetas são para quando o animal tem alguma doença do carrapato e apresentam células baixas e no caso do plasma, que é a parte líquida e transparente, a gente pode usar em animais que estão desidratados, como diarreia e virose”, explicou a veterinária Flávia Coleta.

Salvando vidas

Enquanto isso, a pequena Mila continua salvando vidas. Desde que se tornou doadora, já conseguiu salvar a vida de mais de 15 cães, um deles foi o Beethoven, que sofreu de anemia, mas agora está esbanjando saúde.

Com 15 anos, o cão já teve uma melhora significativa graças ao sangue da labradora. “Depois da doação, ele teve essa melhora, ficou saudável, elétrico, e tomara que continue assim por muito tempo ainda”, contou a dona Dalva da Silva.

“É muito emocionante e gratificante, fico muito feliz em saber que o sangue da Mila pôde ajudar o Beethoven, então fico mesmo muito feliz”, relatou Gabriela.

Tipos de doador

Uma bolsa pode salvar até cinco cachorros, dependendo do tipo de animal e do que está sendo usado, como hemácias ou plaquetas, mas quase ninguém sabe disso.

“Muitas pessoas desconhecem que o animal pode doar sangue assim como nós, seres humanos, então é bem complicado. A gente tem que explicar que não vai fazer mal nenhum para o animal e que essas células vão se regenerar e ele vai poder estar salvando vidas”, contou a Flávia Coleta.

Também é necessário saber que nem todos podem doar. “Ele tem que estar vacinado, ter uma idade entre um e oito anos e maior ou igual a 25 quilos, além de estar em jejum para poder doar um sangue em bom estado para o receptor e para o paciente que está precisando”, disse Alessandro Galhardo, veterinário.

A doação também pode ser feita por gatos. É indicado que os interessados busquem as clínicas veterinárias particulares mais próximas, já que o serviço é feito gratuitamente.

G1

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