José Dirceu e mais 14 pessoas se tornam réus em ação penal da Lava Jato
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas decisões em primeira instância na Operação Lava Jato, acatou nesta terça-feira (15) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro José Dirceu e mais 14 pessoas acusadas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Três anos após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o petista volta ser réu em uma ação, sendo acusado de corrupção passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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De acordo com a Folha de S. Paulo, outras pessoas próximas a Dirceu foram incluídas no processo: o irmão dele, Luiz Eduardo, e Júlio César dos Santos, sócio da JD Consultoria, empresa do petista. No despacho em que recebeu a denúncia, Moro afirma que há indícios contra Dirceu em documentos de repasses a ele feitos pelo lobista Milton Pascowitch.
O documento assegura que a soma dos pagamentos realizados por Pascowitch ao petista chega a R$ 53,8 milhões. A ação se refere apenas a obras da Petrobras em três refinarias e a uma unidade de tratamento de gás.
Segundo a acusação do MPF, a empresa de Dirceu recebeu pagamentos de empreiteiras contratadas pela Petrobras sem produzir nenhum serviço de volta. Também se tornaram réus na ação o ex-diretor de Serviços da companhia, Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de intermediar propina para empresas do PT, incluindo por meio de doações oficiais. Além deles, três sócios da empreiteira Engevix também viraram réus.