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Infectologista aponta medicamento usado contra Ebola com eficácia contra o coronavírus

Cloroquina não se mostra eficaz no combate ao coronavírus.

O médico infectologista Roberto Badaró comentou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (23), os avanços na investigação de medicamentos que possam apresentar resultados efetivos na guerra contra o coronavírus. Segundo o profissional de saúde, a hidroxicloroquina, vista pelo governo federal como uma possível cura da Covid-19, não apresentou resultados efetivos.

“Tivemos a euforia da hidroxicloroquina, mas os dados dos estudos controlados não estão mostrando que a hidroxicloroquina modifica o prognóstico do paciente. Já estão se fazendo outras combinações, como a claritromicina, que é comum para infecções respiratórias, a azitromicina, que tem uma intervenção menor e os pacientes respondem melhor, e uma droga antirretroviral que saiu agora recentemente”, contou.

Segundo Badaró, o medicamento, conhecido como Remdesivir, foi utilizado para conter o surto de Ebola e apresentou pouca taxa de sucesso, mas se mostrou eficaz contra o coronavírus. “O americano comprou essa droga toda e só estamos tendo acesso a ela através de estudos clínicos, que é o Remdesivir. É uma droga que foi utilizada no Ebola e eles tiveram um teste para a Covid. Os braços de tratamento experimental em Nova York tiveram um prognóstico melhor do que os outros. Passa a ser a primeira droga com uma sugestão efetiva de que se possa curar”, comentou o infectologista.

Ainda segundo Badaró, o Hospital Couto Maia está em negociações para receber mais cargas da substância. “Já estamos fazendo contato com um grupo da Universidade da Califórnia para fornecer essa droga para nós. Diga-se de passagem que o Couto Maia está fazendo parte de um estudo que já tem acesso. O Couto Maia já utiliza e os pacientes parecem ter um prognóstico melhor”, comentou. 

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Badaró ainda falou da reabertura do Hospital Espanhol, que ficou cinco anos fechado e será local de tratamento para pacientes com coronavírus. O centro de saúde contará com uma câmara de descontaminação, ferramenta importante para garantir a integridade de médicos e enfermeiros da unidade. “Espero que esse equipamento tenha o papel que eu estou querendo que ele tenha, que é reduzir a mortalidade. Estamos aprendendo a cada dia como lidar com esses pacientes. É importante uma coordenação e que não se faça utilização de medicamentos sem um consenso e sem uma sequência do que está se fazendo. Montei uma equipe de infectologistas experientes e de equipe de intensivistas. Todos eles participam do Couto Maia. A gente pretende dar acesso onde está tendo eficácia”, disse o infectologista.  Fonte: Metro1

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