Impostômetro já ultrapassa R$ 1,3 trilhão em 2017
Ogoverno arrecada muito, porque gasta muito e, às vezes, mal. A conclusão é do economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, comentando a cifra de R$ 1,3 trilhão marcada nesta quinta-feira pelo Impostômetro, relógio eletrônico que marca a arrecadação de impostos e contribuições, situado no prédio da entidade.
O valor — registrado 19 dias antes do que em igual período de 2016 — corresponde ao quanto o brasileiro já pagou de 1º de janeiro a 17 de agosto em impostos, taxas e contribuições aos municípios, estados e à União.
O economista-chefe da ACSP diz que isso acontece porque as despesas do governo vêm crescendo mais do que as receitas e por diversos fatores, segundo ele, como os gastos com servidores da Justiça, do Congresso e com a Previdência, que consome uma grande parcela da arrecadação.
De olho no desequilíbrio orçamentário, esta semana o governo ampliou de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões a projeção de déficit público para este ano, ao mesmo tempo em que anunciou o congelamento por um ano do reajuste dos servidores e novos aumentos de impostos. No cálculo do Impostômetro, entram todas as espécies de tributos e contribuições nas três esferas de governo, como os da União (Imposto de Renda, PIS/Cofins), estados (ICMS) e municípios (ISS).