Cidades

Impasse sobre recibos de aluguel adia sentença de Lula para 2018

LULA PREOCUPADOO impasse envolvendo a apresentação de recibos de aluguel referentes ao apartamento utilizado pelo ex-presidente Lula e localizado ao lado do imóvel onde ele mora, em São Bernardo do Campo (SP), deve adiar a segunda sentença do juiz Sérgio Moro sobre o petista para 2018.

Na ação penal, o ex-presidente é acusado de receber propina da Odebrecht, por meio da compra de um terreno, que seria destinado ao Instituto Lula. O Ministério Público também aponta que, por meio de um laranja, Glauco Costamarques, o petista teria usado dinheiro de propina para comprar o referido apartamento. Lula nega as acusações.

No último dia 13 de setembro, o ex-presidente foi ouvido por Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, que o questionou sobre os recibos de aluguéis pagos a Costamarques.

 

A defesa do ex-presidente os apresentou, mas não convenceu o Ministério Público, que levantou suspeitas sobre as provas, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. Foi aberto, então, um procedimento paralelo à ação penal, chamado de incidente de falsidade criminal.

Sendo assim, uma nova audiência entre o juiz, Costamarques e um contador foi marcada para o dia 15 de dezembro, a fim de elucidar as dúvidas dos procuradores. Além disso, a defesa de Lula insistiu no acesso a sistemas eletrônicos de pagamentos ilegais da Odebrecht, que foram encaminhados pela empresa em sua delação. Moro, no entanto, permitiu apenas que fossem realizadas perícias em arquivos que possam ter relação com a ação penal.

Ainda segundo a Folha, o juiz também pediu ao Supremo Tribunal Federal que partes da delação da Odebrecht fossem juntadas aos autos, mas ainda não houve resposta. Somando-se a isso o recesso do Judiciário, que começa no dia 20 de dezembro e se estende por um mês, é realmente provável que a sentença saia apenas no próximo ano.

Para se ter uma ideia, quando da primeira condenação de Lula, referente ao processo sobre o tríplex no Guarujá, a sentença de 9 anos e meio contra o petista foi divulgada dois meses após o depoimento dele à Justiça.

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