Homem é curado da diabetes após tratamento experimental, diz Nature
Homem de 59 anos sofreu com diabetes por 25.
Um homem está curado da diabetes após se submeter a um tratamento experimental com células-tronco, conforme relatado em um estudo publicado na respeitada revista científica britânica Nature.
Diagnosticado com diabetes tipo 2 há 25 anos, o paciente não necessita de insulina há quase 3 anos, especificamente 33 meses após o procedimento. Esse marco significativo foi alcançado após receber um transplante regenerativo de células de ilhotas, responsáveis pela produção de insulina no pâncreas e pelo controle dos níveis de glicose no sangue.
A pesquisa para a “cura da diabetes”
A pesquisa, liderada por cientistas do Centro de Ciência de Células Moleculares da Academia Chinesa de Ciências, manteve em sigilo a identidade do paciente. Yin Hao, o principal pesquisador da equipe e diretor do Centro de Transplante de Órgãos do Hospital Shanghai Changzheng, explicou que o procedimento envolveu a coleta de células mononucleares do sangue do próprio paciente, que foram reprogramadas em células-tronco pluripotentes utilizando métodos já existentes. Posteriormente, essas células foram injetadas no pâncreas do homem.
Yin afirmou ao China Daily que “nossa tecnologia amadureceu e ultrapassou limites no campo da medicina regenerativa para o tratamento do diabetes”.
- O paciente, que anteriormente necessitava de múltiplas injeções diárias de insulina e havia passado por um transplante de rim, apresentou uma melhora significativa após o transplante das células-tronco.
- Após 11 semanas sem insulina externa, os sintomas da doença começaram a desaparecer.
- Exames de acompanhamento demonstraram que a função das ilhotas pancreáticas do paciente foi restaurada efetivamente e que sua função renal estava normalizada.
- Estes resultados indicam que o tratamento pode prevenir a progressão das complicações diabéticas.
O estudo, publicado na revista Cell Discovery, uma publicação associada à Nature, em 30 de abril, sugere que pesquisas futuras devem explorar a farmacologia de medicamentos que possam fornecer alternativas disponíveis no mercado para o transplante de ilhotas.
A diabetes, especialmente do tipo 2, é uma das doenças não transmissíveis mais prevalentes no mundo, muitas vezes relacionada a escolhas alimentares e estilo de vida inadequados. Esta descoberta promissora, após uma década de pesquisas e testes, pode revolucionar o tratamento da doença, oferecendo esperança para milhões de pessoas que enfrentam complicações associadas à diabetes.