Governo de SP decide no dia 21 de outubro como será o plano de distribuição da vacina chinesa
O governador de São Paulo, João Doria, sinalizou, nesta sexta-feira, que uma reunião no próximo dia 21 de outubro, no Ministério da Saúde, vai definir os próximos passos em relação à distribuição da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.
O governo espera um repasse do Ministério sobre a compra de 60 milhões de doses da Sinovac já previstas em contrato. O que não se sabe ainda é se essa aquisição será feita pelo governo federal, ou pelo próprio governo de São Paulo. O aceno positivo do Minstério da Saúde ainda não aconteceu. Apesar de estar em fase final de testes, o imunizante ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Leia mais:Doria diz que vacinação com CoronaVac começa em 15 de dezembro em SP
Nesta quinta-feira, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Butantan, Dimas Covas, estiveram com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em Brasília. Porém, o tema ainda não foi definido.
— A reunião do próximo dia 21 deve ser definitiva, porque já teremos concluído a última fase dos testes da vacina, ela já estará sendo também avaliada pela Anvisa, e já teremos recebido as 5 milhões de doses em São Paulo. Estaremos prontos para vacinar — afirmou o governador. Entenda: Governo vai controlar vacinação contra Covid-19 pelo CPF
Com o imunizante aprovado, o governador diz que já poderia começar a vacinar profissionais de saúde a partir de 15 de dezembro. Doria afirmou, ainda, que tem recebido governadores, senadores e deputados interessados em comprar a vacina chinesa, enquanto não há um posicionamento do Ministério da Saúde.
— Nossa conversa é sempre republicana. Todos estão preocupados, porque querem a vacina. E sabem que a vacina mais avançada neste momento é a do Butantan, que está nos últimos dias da sua testagem.
Segundo Doria, o plano é seguir com a CoronaVac via Programa Nacional de Imunização (PNI), assim como outros imunizantes, como o da gripe. No entanto, se não houver interesse do governo federal, São Paulo tem um “plano B” de vacinação para por em prática, afirmou o governador.
— Se houver qualquer viés de ordem política, eleitoral ou ideológica, São Paulo vai adotar a vacina e faremos a imunização dos brasileiros de São Paulo sim. E obviamente colocaremos à disposição para que outros estados possam adquiri-la. Este sim é um plano B.A previsão é que 6 milhões de doses cheguem ao Instituto Butantan já prontas para o uso neste mês. Posteriormente, serão processadas na fábrica brasileira mais 40 milhões de doses até dezembro e outras 14 milhões até fevereiro do ano que vem.
Testes
Atualmente, a CoronaVac está em fase 3 de testes. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina. A expectativa é que o término da vacinação dos mesmos ocorra em 15 de outubro.
Oglobo