Cotidiano

Fundador do Telegram pede desculpas ao STF por ‘negligência’

O fundador do Telegram, o russo Pavel Durov, se pronunciou nesta sexta-feira, 18, sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de bloquear o aplicativo no Brasil. Ele pediu desculpas à Corte pelo que chamou de “negligência”.

Por meio do próprio Telegram, o empresário afirmou que um problema com e-mails impediu a plataforma de receber determinações judiciais. “Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder.”

“Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, escreveu.

Citando o bloqueio de perfis de Allan dos Santos, escreveu que o Telegram cumpriu uma decisão judicial anterior no fim de fevereiro; e respondeu com uma sugestão, de enviar futuras solicitações de remoção para um endereço de e-mail dedicado a isso.

“Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco. Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal.”

Allan dos Santos está nos Estados Unidos. Em outubro, quando já estava no país, Moraes ordenou sua prisão, no inquérito sobre as chamadas “milícias digitais”.

Apelo para adiar o bloqueio

No comunicado, Pavel Durov lembrou que dezenas de milhões de brasileiros contam com o Telegram para se comunicar com familiares, amigos e colegas; e pediu ao ministro que considere adiar sua decisão por alguns dias.

“Para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e estabelecendo uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes.”

Ele disse que as últimas três semanas foram inéditas para o mundo e para o Telegram. “Nossa equipe de moderação de conteúdo foi inundada com solicitações de várias partes.”

“No entanto, tenho certeza de que, uma vez estabelecido um canal confiável de comunicação, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos ilegais no Brasil.”

Revista Oeste

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