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Fotógrafo agredido pela polícia durante protestos em Cuba é hospitalizado

Um profissional da imprensa que cobria as manifestações contra o governo de Cuba em Havana ficou ferido após ser agredido por policiais no meio da multidão que foi às ruas neste domingo, 11. A informação foi confirmada pela Agência Press, empresa para qual o fotógrafo prestava serviço no momento do incidente. “Pelo menos 300 pessoas a favor do governo chegaram ao local com uma enorme bandeira de Cuba gritando slogans em apoio a Fidel Castro e à Revolução Cubana.

Algumas dessas pessoas agrediram um vídeojornalista da AP, danificando a câmera dele, enquanto um fotojornalista da AP foi ferido pela polícia”, diz trecho da reportagem publicada pela agência nas redes sociais ainda no domingo. Nesta segunda, a AP informou que o profissional espanhol Ramón Espinosa foi atingido no nariz e em um dos olhos e precisou passar por atendimento médico. “Atualmente, ele se encontra hospitalizado e sem perigo”, disse em nota. Imagens do momento em que Espinosa é agredido foram registradas por um colega fotojornalista e publicadas nas redes sociais.

Apesar das provas de agressão, o presidente Miguel Díaz-Canel negou que qualquer tipo de repressão aos protestos tenha ocorrido. Em pronunciamento na TV ele chegou a questionar: “Onde estão os assassinatos cubanos? Onde está a repressão cubana? Onde estão os desaparecidos em Cuba?”.

Em resposta, a Anistia Internacional considerou as manifestações de Díaz-Canel como uma “retórica inflamatória de guerra e confronto” e disse que as falas do presidente cubano geram “um ambiente violento contra quem cobra prestação de contas e o livre exercício de seus direitos”. A diretora para Américas do órgão, Erika Guevara Rosas, afirmou que é obrigação das autoridades proteger os direitos da população cubana e disse que os vídeos de agressões enviados pelas redes sociais foram “recebidos com preocupação”.

Jovem Pan News

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