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Flamengo fecha pacote 40% mais barato com empresa aérea e mantém ‘logística europeia’ de voos fretados com Domènec

O sucesso do Flamengo na maratona de jogos de 2019 teve como uma das grandes razões a estratégia de fretar voos. Prática elogiada pelo ex-técnico Jorge Jesus publicamente e elaborada no clube, ela será mantida para a sequência que se anuncia ainda mais desgastante em 2020.

O Flamengo fechou acordo com a companhia aérea Azul para as dez primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. O clube sempre terá uma aeronave à sua disposição nas viagens e vai pagar, em média neste pacote inicial, um valor 40% menor do que no último ano.

Em 2019, 80% dos voos da equipe na temporada foram fretados. Neste ano o clube fez os cálculos para que todas as viagens sejam em voos apenas para a delegação rubro-negra. Está longe de ser um luxo, ainda mais em tempos de pandemia e a necessidade de maior controle do ambiente frequentado para cumprir os protocolos de segurança.

Como em grandes clubes europeus, é uma necessidade para atender às demandas dos atletas e acelerar a recuperação física entre uma partida e outra.

A logística foi sugerida e elaborada pelo supervisor de futebol, Gabriel Skinner, em 2019. Com jogos atrás de jogos, principalmente após a paralisação para a Copa América, o supervisor conversou com os atletas e entendeu os motivos da vantagem: para o elenco é melhor voltar logo após a partida fora de casa para o Rio de Janeiro do que dormir no hotel, acordar muito cedo no dia seguinte e ainda encarar uma viagem.

A preferência é iniciar a recuperação física já no voo e, horas depois, dar sequência na estrutura do Ninho do Urubu. Nestas viagens, por exemplo, os atletas costumam ficar com a metade final do avião, cada um com direito a uma fileira de três assentos, nas quais podem deitar.

A parte inicial da aeronave é dedicada a dirigentes e comissão técnica. E não há, claro, a necessidade de espera em aeroportos, uma vez que o voo decola de acordo com a necessidade do clube.

A redução de 40% do valor inferior a 2019 é justificada por dois motivos: primeiro, em meio à pandemia e com inúmeros aviões no pátio, as empresas têm maior necessidade de manter a atividade diante da menor procura de passageiros; segundo, o Flamengo desfruta de boa visibilidade no momento ao ostentar o status de atual campeão do Brasil e da América.

Gabriel Skinner em 2019 se reuniu com a Infraero e com o Rio Galeão para estabelecer um acordo para a delegação ter um acesso especial nos aeroportos brasileiros sem a necessidade de passar pelo saguão. Posteriormente foi estendido a toda a América do Sul.

Em um primeiro momento o Flamengo firmou apenas um pacote de dez jogos do Campeonato Brasileiro com a Azul justamente por conta de ainda não ter total precisão do calendário diante da pandemia. Mas há a previsão de seguir a logística em todas as competições.

E há, também, a necessidade de avaliação de encaixes das viagens de acordo com o andamento das competições e da definição da comissão técnica do novo treinador, Domènec Torrent.

Em 2019, por exemplo, a delegação foi até Fortaleza em um voo fretado para encarar o Ceará no Castelão. O avião aguardou a delegação no aeroporto por dois dias e depois seguiu direto para Porto Alegre, onde o Flamengo enfrentou o Internacional pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores três dias depois.

Caso contrário, uma conexão seria necessária, aumentando o desgaste do grupo. Parece algo rotineiro. Mas o sucesso para voos mais altos no futebol passa, justamente, por pequenos grandes detalhes.

Espn

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