Cotidiano

“Eu saio na rua e sinto vergonha do que fiz”, declara zagueiro marcado por ‘dedada’ em Trellez

RODRIGO ZAGUEIRO DEDADA ARREPENDIDOA cena inusitada do zagueiro Rodrigo, ex-Ponte Preta, “introduzindo o dedo médio nas nádegas de Tréllez” rodou o Brasil e até o mundo. O lance ficou marcado como a imagem do rebaixamento da Ponte no Brasileirão. Após ficar um tempo sem comentar o assunto, o protagonista disse ainda não ter assistido ao lance novamente.

O jogador se recusa a rever o gesto que lhe custou a expulsão aos 19 minutos do jogo contra o Vitória, quando a Macaca ganhava por 2 a 0. Com um a menos, o time levou a virada e teve a queda sacramentada.

“Foi o pior momento da minha carreira, sem dúvida nenhuma. Minha vida no dia a dia está difícil. Eu saio na rua e sinto vergonha do que fiz”, disse em entrevista ao GloboEsporte.com

Mesmo após quase dois meses, o defensor não consegue explicar o motivo de ter dado a “dedada” em Tréllez.

“Eu provoquei muitos jogadores e por fim fui provocado, acabei me prejudicando, prejudicando a equipe em um momento delicado. Não sei nem te falar porque fiz aquilo. É a primeira vez que estou falando disso. Nunca comentei com amigo, nem com esposa. Estou até emocionado. Foram dois meses muito complicados, guardando tudo isso. O que mais me doeu foi a responsabilidade em cima de mim, o peso de um rebaixamento todo. Um clube não é apenas um jogador. Ainda está difícil para mim”, revelou.

Sem esconder o jogo, Rodrigo revelou detalhes dos bastidores após a expulsão, criticou o planejamento da Ponte e também a postura da diretoria durante as negociações para rescindir. Como tem valores a receber do clube, o atleta deixou claro que vai entrar na Justiça em busca dos seus direitos.

“É muita gente se escondendo atrás das minhas costas, do que realmente aconteceu. Muita gente que estava na antiga administração e continua trabalhando lá. Eu não queria que isso tivesse acontecido, peço desculpas do fundo do meu coração. Não queria entrar na Justiça, a Ponte não tem nada a ver com as pessoas que administram o clube. A partir do momento que falaram que não teria acordo, vou atrás dos meus direitos na Justiça”.

Apesar de ter saído em baixa da Macaca, o atleta pretende continuar jogando justamente para apagar a última impressão deixada.

“É legal até um certo momento. Quando todo mundo começa a imaginar que o Rodrigo de campo é o mesmo fora dele, acho que não fica legal. Na hora que dá errado, você para e pensa que não vai fazer mais. Hoje morreu esse Rodrigo, de provocar, dar entrevista provocando o adversário. Não vou mais. Foi a gota d´água em termos de conduta assim. Não quero terminar minha carreira desse jeito”.

Para finalizar o zagueiro revelou que antes do lance “bizarro”, Tréllez estava fazendo várias provocações para tira-lo do sério.

“Antes disso, ele já estava me provocando, pisando no meu pé. Eu provoquei muitos jogadores e por fim fui provocado. Acabei caindo na provocação e fui expulso. Não sei nem te falar porque fiz aquilo. Não estou me defendendo. Mas se for colocar trinta e poucos jogos nas minhas costas… Um erro seu pode ser fatal em qualquer momento. Eu não assisti ao lance de novo. Uma vez sequer”.

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