Cidades

Estudantes usam guarda-chuvas em sala de aula com goteiras

ESCOLA - CRIANCA - GUARDA CHUVASPara se proteger das goteiras que surgem e não prejudicar o andamento da aula, duas estudantes levaram guarda-chuvas para dentro da sala na Escola Estadual Braz Sinigáglia em Batayporã, a 302 km de Campo Grande. Segundo a direção do colégio, a água invade as salas pelo telhado com rachaduras toda vez que chove. A situação foi gravada em vídeo na quinta-feira (10), durante mais uma forte chuva na cidade. Nas imagens, duas alunas aparecem sentadas nas carteiras, no fundo da sala, segurando os guarda-chuvas com uma das mãos, enquanto escrevem e acompanham a aula de inglês. A assessoria do governo do estado informou ao G1 que, no mesmo dia do vídeo, uma equipe de técnica foi encaminhada à escola para fazer levantamento do que tem que ser reformado. Após isso, o governo fará os ajustes.

O vídeo mostra as goteiras que surgem nas lâmpadas e atingem os guarda-chuvas e parte da mesa de uma das alunas. A estudante seca a água com a mão e continua escrevendo e repetindo as frases ditas pela professora. O vídeo foi postado pelos próprios alunos nas redes sociais e chamou a atenção na cidade. A diretora da escola, Claudenice a Silva Bastos Santos, disse ao G1 nesta sexta-feira (11) que a situação de goteiras e alagamentos se repete há alguns meses em pelo menos 6 das 16 salas de aula.

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Ela acredita que os alunos tiveram a ideia de usar os guarda-chuvas em sala de aula para criticar, de maneira inteligente, a situação que incomoda estudantes, professores, coordenadores e pais. “Sinceramente, a gente não sabe a intenção das crianças. A ideia do vídeo foi de criança de 11 anos. Elas poderiam ter arrastado a cadeira e continuar aula, mas acho que [o vídeo] foi uma crítica construtiva para as pessoas verem que criança também sabem fazer as coisas. É uma turma muito esperta. Acho que eles pensaram que colocando o guarda-chuva talvez ajudem a agilizar alguma providência. A professora não parou de dar aula e nem as crianças de estudar”, avaliou.

À espera: Os problemas de goteiras e alagamentos nas salas de aula são comuns há alguns meses e já foram comunicados pela direção do colégio à Secretaria Estadual de Educação (SED) anteriormente, segundo a diretora, mas ela diz que vai reforçar a situação depois do vídeo. “Nós, eu como diretora, juntamente com a comissão colegiada, sempre buscamos solucionar os problemas da escola. A gente vem tentando, enviando ofícios à SED, fotografias gravadas em CDs, já pedimos várias vezes, mas vou enviar novamente essas imagens do vídeo de agora”, explicou. Segundo a diretora, a escola tem 810 alunos, do 1º ano do ensino fundamental até o Ensino para Jovens e Adultos (EJA). Quando chove, as aulas ficam prejudicadas, mas não chegam a ser suspensas porque os alunos não podem ser liberados para ir embora na chuva, segundo Claudenice. “Não tem como mandar aluno para casa se está chovendo e no pátio da escola também não tem cobertura, quase nada da escola é coberto”, relatou. A diretora ainda informou que técnicos da SED foram até à escola analisar a situação ainda na tarde de quinta-feira, quando o vídeo foi gravado. Segundo Claudenice, os técnicos estavam em uma cidade próxima para avaliar a situação de outro colégio, com o mesmo nome, onde o telhado da escola caiu por conta da chuva. “Eles chegaram na hora da chuva e viram a situação das salas, andaram pelo pátio alagado e falaram que realmente o caso aqui é prioritário, que vai ter que trocar a instalação elétrica e hidráulica. Aqui é tudo muito antigo, o telhado está velho, o forro não dá conta e a água cai pelas lâmpadas, o que é um perigo para curto-circuito”, ressaltou.

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