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Estudante é barrado em supermercado da capital por usar short curto

Uma cena um tanto quanto atípica viralizou nas redes sociais no último domingo (20). Um estudante de psicologia usou as redes sociais para denunciar um caso de preconceito sofrido por ele em um supermercado de Salvador.

Marcos Pascoal divulgou um vídeo do momento exato em que questionada o segurança do estabelecimento, localizado em Itapuã, sobre o porquê dele não poder entrar no espaço. De acordo com o rapaz, primeiro ele foi impedido por um funcionário que tinha deficiência e que apenas fazia sinais de negativo quando ele tentava entrar.

“Na noite de ontem [sábado], ao tentar entrar no Walmart de Itapuã, em Salvador, um funcionário tentou negar a minha entrada porque eu estava com um short curto. Mediante a vergonha da cena, abaixei o short duas vezes perguntando ao funcionário se com aquele tamanho eu poderia entrar. Ele fez sinais gestuais dizendo que não, abaixei mais um pouco, já humilhado naquela situação, e consegui entrar”, contou no Twitter.

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O segundo momento de constrangimento foi na saída do mercado, cena que foi gravada pela amiga de Marcos. “Eu sou um homem gay, negro e pobre. Eu não iria cair na besteira de fazer “barraco” pq a gente sabe qual o lado fraco da corda e todos nós sabemos que o sistema não dá a mínima para vidas como a minha. Também não posto sem o mosaico nos rostos porque, ao contrário do mural público que a internet parece ser, as pessoas tem direito de ter sua imagem preservada e eu não quero receber processos por isso”, disse o rapaz.

O jovem afirma que sua advogada está analisando a situação e vai entrar com uma ação contra o mercado. “Minha advogada está entrando com uma ação contra o supermercado por todo o vexame que ele me fez passar. É isso, não se calem mas também tentem agir com cuidado nessas situações, se possível. Deixe o outro tropeçar em suas próprias palavras, ele tem que se justificar, não eu”.

De acordo com o G1, o Grupo BIG, responsável pela administração do supermercado, informou que o fato ocorrido no supermercado de Itapuã é “inadmissível e não corresponde aos procedimentos e valores da empresa”. A empresa reiterou que não aceita esse tipo de comportamento dos seus funcionários e irá afastar o segurança terceirizado de suas funções.

Bahia.ba

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