Cidades

Escola demite sete funcionários e direção critica investigação no caso Beatriz: 'Irresponsável'

Segundo a polícia cinco envolvidos no crime são funcionários da escola.

beatriz
(Foto: Reprodução)

Sete funcionários do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, foram demitidos ao longo da investigação da morte da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos.

Dentre eles, cinco são os funcionários suspeitos de envolvimento no crime, segundo informou o delegado Marceone Ferreira em uma coletiva na terça-feira (29).

De acordo com o advogado Clailson Ribeiro, representante jurídico da instituição, as demissões começaram em janeiro deste ano.

“Nós temos acompanhado o inquérito desde quando ele começou, em dezembro do ano passado. Desde então, identificamos divergências no depoimento de alguns funcionários nossos, ao todos sete, e os desligamos desde janeiro. Destes, cinco foram os suspeitos citados pelo delegado”, esclareceu o delegado Clailson em entrevista ao CORREIO.

suspeito de matar beatriz
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A forma como a divulgação do avanço na investigação foi realizada, no entanto, não foi considerada adequada pela direção da escola.

“A gente achou a declaração do delegado precipitada e muito infeliz. Ao apontar que haviam cinco personagens que seriam funcionários do colégio, sem citar os nomes deles, ele só fez denegrir a imagem da instituição. Nós tivemos dezenas de funcionários que foram ouvidos. Com uma declaração dessa, ele colocou todos eles como suspeitos. É uma declaração completamente irresponsável. Ou ele falaria o nome ou não deveria ter falado nada”, disse.

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que, ainda segundo o advogado, não teria sido informado sobre a entrevista coletiva, foi pego de surpresa com a divulgação das informações. No dia seguinte a divulgação das informações, um grupo de moradores de Petrolina fez uma manifestação na saída da escola, no início da tarde de quarta-feira (30), chamando os funcionários do estabelecimento de assassinos.

Nesta quinta-feira (31), o colégio organizou reuniões entre os pais e o representante jurídico para esclarecer a situação.  O advogado Clailson Ribeiro afirmou que a instituição vai procurar a Secretaria de Segurança Pública do Estado pedindo uma apuração da conduta do delegado, e estuda procurar também a Corregedoria da Polícia da Civil.

“Ele só fez denegrir a imagem do colégio com essa declaração. Parece que ele está mais preocupado em tentar justificar porque não avançou no caso, tirando o foco da investigação, e tentando transferir a responsabilidade para a escola”, avaliou o jurista.

Boatos de seita satânica
Em relação aos boatos de que Beatriz foi morta durante o ritual de uma seita satânica formada na escola, o advogado disse ter conhecimento dos rumores, mas afirmou que não há este tipo de conduta dentro da instituição.

“Nós não temos qualquer registro deste tipo de situação dentro da escola. Isso é evidentemente boato, coisa de rede social. Ainda assim, não podemos precisar se o crime teve alguma motivação religiosa. Essa é uma linha de investigação que a polícia não deve descartar”, comentou Ferreira.

Entenda o caso
A Polícia Civil acredita que pelo menos cinco pessoas participaram do assassinato de Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta dentro de uma escola em Petrolina (PE), na divisa com a Bahia. O crime também teria sido premeditado, e os suspeitos conheciam bem a escola, apontou o laudo da perícia local.

A garota, que morava com a família em uma chácara em Juazeiro, na Bahia, foi encontrada em um depósito de material esportivo desativado, que fica ao lado de uma quadra de esportes onde acontecia uma solenidade de formatura. Ela foi esfaqueada 42 vezes no tórax, membros superiores e inferiores.

Ainda de acordo com o laudo da polícia, o crime não aconteceu no local onde o corpo de Beatriz foi encontrado na escola. “É dado como certo que a criança não foi morta onde foi encontrada. Ocorreu a execução do crime em um outro local da escola, e a criança foi transportada e jogada no depósito, atrás do armário”, disse o delegado Marceone Ferreira, responsável pela investigação.

Três chaves da escola sumiram 10 dias antes do crime, no dia 25 de novembro de 2015. Na ocasião, o molho de chaves foi passado por alguns funcionários da escola, que registraram o desaparecimento delas no final do dia, afirmou a polícia.

Elas dariam acesso aos portões internos e externos da escola. “Além disso, no momento do crime, toda a iluminação estava desligada. As lâmpadas da escola estavam todas apagadas nos corredores. Ou seja: visibilidade zero”, disse o delegado. Isso dificultou a gravação das imagens das câmeras de segurança.

Assassino não agiu sozinho, afirma polícia
Ainda de acordo com o investigador, é estimado que toda a ação – a morte de Beatriz, o transporte e subsequente abandono do corpo dela, assim como o encontro dele – durou apenas 20 minutos. A pequena janela de tempo impossibilita que o autor do crime tenha agido sem nenhuma ajuda.

Também há indícios que o crime foi planejado com uma certa antecedência. “A forma como ocorreu o crime aponta premeditação. A criança não foi morta no local que foi encontrada. Ela foi morta em outro local, transportada, colocada naquele depósito, em um curto espaço de tempo. É quase impossível uma pessoa decidir cometer um crime naquele momento. Ele teria de usar toda uma mágica, praticamente, para sozinho cometer isso. Decidir naquele momento fazer isso, e ninguém ver nada. Isso nos leva a crer que houve uma premeditação”, comentou o delegado Marceone.

A informação também foi confirmada por Gilmário Lima, perito da Polícia Civil, em entrevista ao G1 Petrolina. “Com certeza, quem cometeu isso, tinha acesso a informações ou já esteve diversas vezes nesse local, porque o local é de difícil acesso então ou tinha de ter informação de uma segunda pessoa ou ela mesmo saber como é o local”, afirmou em entrevista.

Mesmo tendo sido planejado, o fato de Beatriz ter sido a vítima não foi uma decisão premeditada e sim aleatória, acredita o delegado Marceone Ferreira. “Beatriz em nenhum momento ela foi atraída para aquele local. Inclusive ela já havia descido algumas vezes e não foi abordada. Então foi uma questão realmente de oportunidade do autor. E também nós tivemos uma outra criança que foi abordada e correu de volta para o ginásio”, disse o investigador da Polícia Civil.

Ainda de acordo com o laudo da polícia, o crime não aconteceu no local onde o corpo de Beatriz foi encontrado na escola. “É dado como certo que a criança não foi morta onde foi encontrada. Ocorreu a execução do crime em um outro local da escola, e a criança foi transportada e jogada no depósito, atrás do armário”, disse o delegado Marceone Ferreira, responsável pela investigação.

Três chaves da escola sumiram 10 dias antes do crime, no dia 25 de novembro de 2015. Na ocasião, o molho de chaves foi passado por alguns funcionários da escola, que registraram o desaparecimento delas no final do dia, afirmou a polícia.

Elas dariam acesso aos portões internos e externos da escola. “Além disso, no momento do crime, toda a iluminação estava desligada. As lâmpadas da escola estavam todas apagadas nos corredores. Ou seja: visibilidade zero”, disse o delegado. Isso dificultou a gravação das imagens das câmeras de segurança.

Assassino não agiu sozinho, afirma polícia
Ainda de acordo com o investigador, é estimado que toda a ação – a morte de Beatriz, o transporte e subsequente abandono do corpo dela, assim como o encontro dele – durou apenas 20 minutos. A pequena janela de tempo impossibilita que o autor do crime tenha agido sem nenhuma ajuda.

Também há indícios que o crime foi planejado com uma certa antecedência. “A forma como ocorreu o crime aponta premeditação. A criança não foi morta no local que foi encontrada. Ela foi morta em outro local, transportada, colocada naquele depósito, em um curto espaço de tempo. É quase impossível uma pessoa decidir cometer um crime naquele momento. Ele teria de usar toda uma mágica, praticamente, para sozinho cometer isso. Decidir naquele momento fazer isso, e ninguém ver nada. Isso nos leva a crer que houve uma premeditação”, comentou o delegado Marceone.

A informação também foi confirmada por Gilmário Lima, perito da Polícia Civil, em entrevista ao G1 Petrolina. “Com certeza, quem cometeu isso, tinha acesso a informações ou já esteve diversas vezes nesse local, porque o local é de difícil acesso então ou tinha de ter informação de uma segunda pessoa ou ela mesmo saber como é o local”, afirmou em entrevista.

Mesmo tendo sido planejado, o fato de Beatriz ter sido a vítima não foi uma decisão premeditada e sim aleatória, acredita o delegado Marceone Ferreira. “Beatriz em nenhum momento ela foi atraída para aquele local. Inclusive ela já havia descido algumas vezes e não foi abordada. Então foi uma questão realmente de oportunidade do autor. E também nós tivemos uma outra criança que foi abordada e correu de volta para o ginásio”, disse o investigador da Polícia Civil.  Fonte: Correio24h.

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