Cidades

Envolvido no bunker de Geddel, Gustavo Ferraz diz que trabalhou nas campanhas de Paulo Souto e Aécio

FERRAZ PAULO SOUTO E AECIOO ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que admitiu buscar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima, afirmou à PF ter trabalhado nas campanhas ao governo do estado de Paulo Souto (DEM) e presidencial de Aécio Neves (PSDB).

Conselheiro de ética do PMDB na Bahia, Ferraz admitiu que, em 2012, buscou uma mala de dinheiro em um hotel em São Paulo para Aécio.

Ele afirma que ainda voltou a Salvador em voo fretado e foi levado por um motorista do PMDB até a casa de Geddel, aonde o dinheiro da mala foi contado. Ferraz se diz traído já que esperava que o ex-ministro repassasse o montante para as campanhas de candidatos baianos às prefeituras e, na verdade, foram parar no bunker.

Ele afirma à PF que também colaborou para a campanha de Geddel ao governo estadual, em 2010. À época das eleições de 2012, na campanha à prefeitura de Salvador, ele alega ter sido assessor de bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.

Ferraz assumiu em 2013, a superintendência da Indústria e Comércio de Salvador, função que exerceu até o fim de 2014.

Naquele ano, ele diz ter feito campanha política para Geddel, então candidato ao Senado, Paulo Souto, candidato ao Governo do Estado da Bahia, e Aécio Neves, candidato à Presidência.

Por meio de sua assessoria, o senador nega que Gustavo tenha trabalhado em sua campanha. A defesa de Aécio Neves afirmou que “o sr. Gustavo Ferraz não trabalhou na campanha presidencial do PSDB em 2014”.

A reportagem do Estadão não localizou Paulo Souto.

Ferraz resolveu colaborar com investigações sobre o bunker dos R$ 51 milhões. As digitais dele foram encontradas nas cédulas de R$ 50 e R$ 100 que rechearam as malas e caixas de dinheiro encontradas na maior apreensão da história da PF. Ferraz foi preso na Operação Tesouro Perdido, após serem encontradas suas digitais nas notas do bunker dos R$ 51 milhões. Ele pagou fiança para deixar a cadeia. O valor, estipulado pelo Supremo, foi de 50 salários mínimos.

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