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Empresa de bronzeamento recusa atendimento e transexual denuncia preconceito

ZAP - DISCRIMINACAOUma mulher transexual acusou uma empresa de bronzeamento de Salvador com fita de preconceito depois de ter o tratamento recusado pela responsável. O caso foi compartilhado nesta quinta-feira (7) no Facebook por Patricia Bacelar, que contou que o caso ocorreu com uma amiga. “Minha amiga Bruna Souza só queria fazer um bronze ,e esse tal espaço não quis nos receber por ser TRANS. Citou que é um prédio residencial, ao qual mora família e os moradores não acham de acordo a entrada do grupo.

E aí, como ficamos? Não conseguir pregar os olhos essa noite, estou muito triste”, lamentou. No registro da conversa, feito pelo aplicativo Whatsapp, Bruna diz que gostaria de fazer um agendamento e pergunta se teria problema ser transexual. “Infelizmente não atendo trans”, informou a responsável pela empresa.

Ao questionar qual seria o problema, Bruna recebeu como resposta: “É exigência dos moradores do prédio e o proprietário do prédio. É um prédio residencial. Quando eu mudar pra uma casa vou reservar um dia para trans”. O bronzeamento com fita é feito com esparadrapo ou algum tipo de fita adesiva colados diretamente ao corpo, em formato de biquíni, e virou febre nos últimos anos. A empresária responsável pelo negócio confirmou as mensagens, mas negou que tenha feito comentários transfóbicos. “Não fui eu que não quis.

Já atendi trans que hoje são minhas amigas, mas meu procedimento é feito com fita e não tem como fazer se ela não for operada. No sexo masculino é complicado”, alegou. Segundo a empresária, seus advogados já foram informados sobre a situação e devem entrar em contato com Bruna para resolver a situação. “Eu também estou me sentindo lesada. Foram compartilhadas fotos de clientes minhas. Não tinha necessidade disso, isso é fácil de resolver”, avaliou.

Ela contou que já atendeu mulheres transexuais no local, mas foi proibida pelo responsável pelo prédio a continuar os atendimentos. “Eu cheguei a atender, mas algumas fizeram escândalo, falaram palavrões, e o proprietário do prédio disse que eu não podia mais fazer. Era uma exigência dos moradores. Algumas viraram minhas amigas, foram discretas, não me prejudicaram em nada. É um negócio complicado. Eu estou chateada”, afirmou.

A responsável pelo bronzeamento ainda disse estar preocupada com a repercussão do caso. “Não foi discriminação, de jeito nenhum. Mas elas vão levar assim. Não tratei mal de forma nenhuma. Ela colocou palavras na minha boca e agora pode afetar até minha segurança. Eu tenho filha, tenho mãe, posso ser agredida na rua por causa disso. Eu estou com medo”, contou.

BN

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