Cotidiano

Em greve, funcionários dos Correios querem aumento de 12,94%

Em greve há oito dias, os funcionários dos Correios realizaram uma passeata na manhã de ontem (23). O grupo saiu da sede do órgão na Pituba em direção ao prédio da Petrobras, no bairro do Itaigara, em Salvador.
O protesto causou congestionamento pela cidade e oficiais da Policia Militar, pediram ao movimento que se organizasse, com o objetivo de causar menos danos a população. A categoria cobra aumento salarial de 12,94% acima da inflação, R$ 40 de tíquete alimentação e contratação de mão de obra. “Estamos em greve há mais de uma semana e em primeiro lugar, vem nosso aumento salarial, isso significa dignidade de trabalho. O que nós pedimos é apenas 12% acima da inflação, além da manutenção dos nossos direitos, que o Correio vem tentando tirar, como o plano de saúde. Enquanto eles tentarem nos prejudicar, vamos continuar com a greve,” contou o presidente do Sindicato dos trabalhadores em Correios do Estado da Bahia (SINCOTELBA), Josué Canto.
greve dos correiosSegundo Canto, a falta de mão de obra é a grande responsável pelo serviço de má qualidade prestado pelos Correios.  “Hoje temos unidades em que deveriam ter 50 pessoas trabalhando, só temos 20, como é que se atende à população com um serviço de qualidade, assim? Temos vários concursados que estão ai a disposição e a empresa se nega em contratar, isso é inadmissível,” disse.
De acordo com o presidente do SINCOTELBA, o objetivo do ato coletivo é chamar atenção da população sobre a precarização dos serviços públicos e pressionar as negociações do movimento grevista com o governo.  “Essa é uma unificação da classe salarial trabalhadora, onde estamos construindo com as centrais únicas, principalmente a CUT, uma possível conversa, mas se a empresa não se posicionar vamos buscar uma greve geral,” alertou.
Desde o dia 15 desse mês, a população conta apenas com 30% do efetivo do órgão trabalhando. “A empresa solicitou que 60% dos trabalhadores estivessem em serviço, mas isso não seria uma greve, seria uma imposição e por isso não concedemos. Nós, hoje, não teríamos obrigatoriedade nenhuma de colocar servidores na rua, porém, pensando na população, mantemos 30% atendendo as prioridades, como medicamentos,” contou Josué Canto.
Uma reunião foi marcada com o Ministério do Trabalho e a categoria, para tentar por fim a greve. “O ministro marcou uma audiência de conciliação, dia 25, sexta-feira, às 15 horas. Eu espero, que eles venham com uma proposta justa e digna para os trabalhadores, caso o contrário, a greve continua, por tempo indeterminado,” afirmou o presidente do SINCOTELBA.

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