Cotidiano

Doméstica agredida por major revela motivo da atitude do patrão: ‘frase do Whatsapp’

A empregada doméstica que levou um tapa no rosto por chegar atrasada ao trabalho na casa do major da PM Bruno Chagas, contou ter recebido reclamação também pela frase que estava no status do WhatsApp. A agressão foi registrada pelas câmeras de segurança do elevador do prédio, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Eu cheguei às 9h20, pelo fato de estar com a minha filha doente e não ter dormido à noite. Perdi a hora e cheguei um pouco atrasada. Aí veio me questionando o horário, por ter me atrasado, e eu me explicando. Em seguida veio o meu patrão questionando algo que eu tinha postado no meu status no Whatsapp”, contou Patrícia Peixoto em entrevista ao Programa Encontro nessa terça-feira (26).

Durante a entrevista, Patrícia contou que trabalhava sem carteira assinada desde janeiro e detalhou a agressão sofrida na semana passada. “Muito agressivo, muito nervoso e o tempo todo colocando o dedo no meu rosto. E eu pedindo para ele tirar o dedo do meu rosto”, afirmou. Ainda segundo ela, a frase do aplicativo de mensagem instantânea não era uma indireta para o ex-patrão.

“Era uma frase sobre empregada doméstica. Não lembro ao certo a frase, mas era algo que dizia que não custa nada fazer só porque tem empregada, entendeu? Mas não mencionei ninguém, não direcionei a ninguém”, contou.

A doméstica contou que Bruno tinha humor instável. “Tinha dia que ele acordava de cara feia, tinha dia que ele acordava melhor. Eu o tratava como patrão, sem muita conversa. Eu falava mais com a esposa dele”, afirmou. No dia da confusão, Patrícia contou que o major não quis entregar a chave do carro dela para que ela pudesse ir embora. “Ele pediu para eu me retirar e eu disse que ele não precisava ficar botando a mão em mim que eu ia sair do apartamento, mas que eu queria a chave do meu carro. E ele falando que não ia me entregar a chave”, disse Patrícia.

Após o episódio, a doméstica foi a delegacia registrar a agressão. “Depois que eu fiz a denúncia, ele fez algumas ligações para o meu telefone, para o telefone do meu esposo, mas a gente não atendeu”. De acordo com o advogado de Patrícia, o major da PM vai responder por ameaça e lesão corporal.

O major Bruno Chagas, que disse à produção do programa que não vai se manifestar no momento e que vai esperar ter acesso aos autos para se defender.

Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação já está com as imagens que mostram a agressão e que abriu uma investigação sobre o caso. Já a Polícia Civil informou que está investigando a agressão.

Bnews

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