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Dois bispos norte-americanos renunciam após escândalo sexual

BISPO CATOLICO
Foto – ilustrativa

O papa Francisco aceitou nesta segunda-feira a renúncia de dois bispos dos Estados Unidos dez dias após um promotor norte-americano ter apresentado denúncias criminais contra a diocese deles por não ter protegido crianças de abusos sexuais cometidos por padres. O arcebispo John Nienstedt, de Saint Paul e Minneapolis, e um de seus vices, o bispo-auxiliar Lee Piche, renunciaram ao cargo devido às ligações com Curtis Wehmeyer, ex-padre que cumpre pena de cinco anos de prisão após admitir culpa em 2012 por acusações de conduta sexual com dois menores, além de possuir pornografia infantil.

O promotor de Minnesota John Choi apresentou as denúncias contra a arquidiocese em 5 de junho. Centenas de casos civis já foram abertos contra o local por supostamente ter falhado em supervisionar padres ou por ignorar o abuso sexual cometido por membros do clero. Nienstedt disse em comunicado que estava renunciando porque sua liderança “chamou atenção distante dos bons trabalhos (da Igreja)”. “Eu saio com a consciência limpa, sabendo que minha equipe e eu realizamos protocolos sólidos para garantir a proteção de menores e de adultos vulneráveis”, disse.

No último dia 10 de junho, o papa Francisco aprovou a criação de um tribunal no Vaticano para julgar bispos suspeitos de acobertar ou de não impedir abusos sexuais em suas paróquias. A medida foi considerada tardia por grupos de vítimas de pedofilia. Ex-bispo vai a julgamento no Vaticano – Jozef Wesolowski, ex-arcebispo e embaixador papal na República Dominicana, irá a julgamento acusado de pagar para fazer sexo com menores de idade e possuir pornografia infantil, informou nesta segunda o Vaticano.

O julgamento, que deve começar em 11 de julho, será o primeiro feito com tais acusações dentro da pequena cidade-Estado e sede da Igreja Católica, que conta com 1,2 bilhão de fiéis no mundo. Fontes do Vaticano disseram que a decisão do presidente do tribunal do Vaticano de indiciar Wesolowski não poderia ter sido tomada sem a aprovação do papa.

O ex-arcebispo polonês de 66 anos, que foi embaixador do Vaticano, em Santo Domingo durante cinco anos, foi preso em setembro passado e detido. Foi a primeira prisão no local relacionada a acusações de pedofilia. (Metro)

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