Dois anos depois de mortes, Backer é autorizada a vender cervejas
O Ministério da Agricultura autorizou nesta sexta-feira, 8, a Cervejaria Backer a retomar a produção e a comercialização de cervejas. A produção estava proibida deste 2020 devido à contaminação de cervejas com dietilenoglicol. Ao todo, dez pessoas morreram e várias outras tiveram sequelas.
Segundo o ministério, a empresa atendeu às exigências feitas para garantir a segurança dos produtos, referentes às condições dos tanques de fermentação e equipamentos que serão utilizados neste retorno.
A pasta esclareceu que o processo de produção de cerveja no parque fabril vem ocorrendo desde novembro de 2021, após vistoria executada por auditores fiscais federais agropecuários.
“Os produtos produzidos foram informados semanalmente ao ministério, que realizou a coleta de cada lote e dos fluidos refrigerantes. Com a aprovação das análises, fica a Cervejaria Backer autorizada a comercializar seus produtos”, informou a Agricultura.
Em 2020, o ministério interditou a cervejaria e determinou o recolhimento de todos os produtos, após a ocorrência dos casos de contaminação. Análises identificaram a presença do contaminante dietilenoglicol.
“A cervejaria ainda substituiu em seu processo o fluido refrigerante por solução hidroalcoólica — solução que contém água e álcool.”
A Cervejaria Três Lobos, responsável pela marca Backer, divulgou a seguinte nota:
“A Cervejaria Três Lobos informa que obteve a aprovação para a retomada da produção de cervejas em seu parque industrial. O processo de reabertura contou com o acompanhamento das autoridades e órgãos competentes e observou todos os critérios legais e técnicos.
A empresa destaca que sempre teve e mantém total interesse na apuração de toda e qualquer irregularidade relacionada à produção e, por isso, segue contribuindo efetivamente com o trabalho dos órgãos de controle e fiscalização.
A cervejaria ressalta ainda que não mede esforços para oferecer apoio às vítimas e suas famílias e a retomada da produção cervejeira será um fator decisivo para ampliar a assistência médica e financeira.”
Revista Oeste
