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Do luxo à cadeia: José Marin se alimenta só de arroz e carne, passa 23h por dia em cela e não tem acesso às tecnologias, diz agência

JOSE MARIA MARIN - OCULOS ESCUROSAcostumado com quartos em hotéis cinco estrelas, como o Baur au Lac, considerado o melhor de Zurique, na Suíça, e os melhores pratos em restaurantes, o ex-presidente da CBF José Maria Marin agora vive sem qualquer luxo.

O porta-voz da Justiça suíça, Folco Galli, expôs o dia a dia dos sete dirigentes da Fifa, incluindo o brasileiro, que estão presos desde a última quarta-feira, por causa do caso de corrupção investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI. Em entrevista à agência de notícias “Associated Press (AP)”, Galli disse que membros da Fifa comem apenas arroz e carne.

Se até a noite de terça-feira José Maria Marin e os demais dirigentes pagavam até 4 mil dólares (cerca de R$ 12,7 mil) pela diária no hotel e desembolsavam US$ 400 (cerca de R$ 1,27 mil) num jantar, 24 horas depois conheceram o mundo entre as celas. Do luxo, passaram a se alimentar com o prato básico que, na Suíça, tem custo estimado em US$ 16 (cerca de R$ 50,8). Às vezes, os presos ganham vegetais e uma fruta para completar a refeição.

– Eles não têm privilégios e não poderão receber nenhuma encomenda de fora – afirmou Folco Galli à agência “AP”. O porta-voz ainda informou que os dirigentes da Fifa não têm acesso a telefones ou internet, e só têm direito a uma hora por dia fora das celas. Uma forma de ganhar mais tempo fora das celas é se oferecendo para trabalhar na prisão. Os dirigentes presos recebem apenas visitas dos advogados e das mulheres. Galli ainda comentou que os acusados podem recorrer até o dia 8 de junho a um habeas-corpus. Porém, ele não acredita que os dirigentes vão conseguir liberdade condicional mesmo se pagarem fiança. – É possível, mas muito raro. A lei diz que a pessoa precisa ficar detida durante todo o processo de extradição. Se deixarmos alguém sair e acontecer uma fuga, a Suíça estará rompendo com suas obrigações – disse o porta-voz. Ainda de acordo com o representante da Justiça, o processo de extradição dura, em geral, seis meses. Porém, a burocracia pode fazer o intervalo chegar a um ano. Neste contexto, os presos esperam até o dia 3 de julho, prazo final para que os Estados Unidos concretizem formalmente a ordem judicial. Além de José Maria Marin, também estão presos Jeffrey Webb (presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa), Eduardo Li (presidente da Federação da Costa Rica), Julio Rocha (presidente da Federação da Nicarágua e agente de desenvolvimento da Fifa), Costas Takkas (da Concacaf), Eugenio Figueredo (ex-presidente da Conmebol), e Rafael Esquivel (integrante da Conmebol e presidente da Federação da Venezuela).

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