Cidades

Dirceu atuou como corretor de propriedades, inclusive na Bahia, antes de ser preso

JOSE DIRCEU - CARRO - POLICIA FEDERALA quebra de sigilo telemático de um sócio do ex-ministro José Dirceu revelou a atuação do petista como corretor de grandes propriedades pelo país, inclusive na Bahia, antes de ser preso. Nas mensagens, Dirceu é procurado para intermediar negócios, analisar opções de alto padrão e receber ofertas de propriedades rurais.

O relatório de um agente da PF sobre a quebra de sigilo afirma que Julio Cesar buscava novos negócios para José Dirceu, mas a atuação como corretor não foi abordada na denúncia do Ministério Público Federal nem no relatório do delegado responsável pelo indiciamento do ex-ministro da Casa Civil. Na investigação, o sócio de Dirceu se identificou à Polícia Federal como corretor de imóveis e disse que a “intermediação imobiliária” era uma atividade secundária da JD Consultoria, embora a empresa do petista nunca tenha concretizado nenhuma operação nessa área.

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Em outro caso de 2008, Dirceu participou da venda de um terreno na rodovia Anhanguera, em São Paulo, de um advogado chamado Armando Zurita para Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do grupo Caoa. Uma versão do contrato aponta que o valor da venda seria de R$ 3,6 milhões.

Durante a negociação, Dirceu articulou um contrato de consultoria de R$ 253 mil para que a JD “divulgasse” livros didáticos sobre a Amazônia escritos por Zurita. O relatório da PF chama a atenção para a coincidência entre as datas. Questionada pelas Folha, a assessoria do ex-ministro informou apenas que todas as atividades da empresa foram declaradas à Receita Federal. A assessoria disse ainda que os advogados de Dirceu só pretendem se manifestar sobre os detalhes do caso nos autos do processo que tramita na Justiça Federal do Paraná. O grupo Caoa afirmou por meio da assessoria de imprensa que o único terreno que possui na rodovia Anhanguera foi comprado nos anos 90. Armando Zurita não respondeu aos pedidos de entrevista da publicação.

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