Política

Deputado baiano diz que sistema eleitoral favorece a corrupção

68232O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) defende a tese de que a corrupção na Petrobras e em outras esferas do poder público tem origem no atual sistema eleitoral e afeta todos os grandes partidos do país.
 
“Nas últimas eleições, 24% das doações da Camargo Correia foi para o PSDB; Andrade Guitierrez, 41% para o PSDB. Na Queiroz Galvão, 30% foi para o PMDB. O curioso é que quando soma todas as doações, os quatro maiores partidos estão muito próximos (em valor recebido), independente de estar no governo federal, do governo de São Paulo ou Rio, todos os grandes partidos recebem muita doação legalizada”, destaca o deputado.
 
Segundo Solla, os pedidos de investigação da Procuradoria Geral da República contra os envolvidos na Operação Lava-Jato criminalizam a doação legalizada, em alguns casos citada como uma forma de pagamento de propina e lavagem de dinheiro. “Fica evidente o grande risco para a democracia e para o processo eleitoral a forma como são tratadas as doações. É a hora de a gente aproveitar essas denúncias de corrupção pra a gente mudar a regra do jogo, acabando com a contribuição empresarial no financiamento de campanha”, diz o petista.
 
Solla criticou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que desde abril de 2014 pediu vistas da ação que questiona a legalidade da doação eleitoral por empresas, mas não devolveu o processo. “Não podemos esquecer que Gilmar Mendes está quase um ano segurando processo que está com vitória de 6 a 1 e poria fim ao financiamento empresarial de campanha. Não é possível que ele vai esperar abril chegar para a gente levar um bolo com uma vela para Gilmar Mendes assoprar”, afirmou.

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