Cidades

Deputada que votou contra cassação de Cunha vira procuradora

Deputada assumiu há duas semanas cargo de procuradora.

deputada-procuradoraA deputada Jozi Araújo (PTN-AP) foi uma dos poucos integrantes do grupo de dez parlamentares que votaram contra a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Há cerca duas semanas ela assumiu o cargo de procuradora parlamentar da Câmara. Na função, Jozi será responsável, por exemplo, por promover a defesa da Casa e de deputados que entenderem que tiveram a honra ou imagem atingidas em razão do exercício do mandato. Segundo o G1, a deputada falou sobre sua relação com o deputado cassado, e disse que apenas participou da campanha eleitoral dele à presidência da Câmara, em 2015. A nova procuradora da Câmara está no PTN desde fevereiro deste ano, quando deixou o PTB. Ainda como filiada à legenda, integrou o Conselho de Ética da Câmara por indicação do líder do partido, Jovair Arantes (GO), um dos principais articulares da tropa de choque de Cunha que atuava na Câmara. Ao comentar o voto contra a cassação do peemedebista, a parlamentar afirmou não concordar em retirar o mandato de alguém sem uma condenação definitiva pela Justiça e destaca que, pelo mesmo motivo, votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Rodrigo Maia
Questionado sobre a escolha de Jozi Araújo para o posto, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), explica que entregou o cargo ao PTN, cuja bancada é formada por 13 deputados, para “valorizar” os partidos que o ajudaram a ser eleito, em julho.
Sobre a nova Procuradora
Empresária do ramo de joias, Jozi Araújo preside a Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap) e recebeu 10.007 votos como deputada. Sem ensino superior, a nova procuradora frisa que o regimento interno da Câmara não exige formação jurídica para ocupar a vaga. Ressalta-se que Jozi Araújo já foi denunciada pelo Ministério Público do Amapá por suposto desvio de dinheiro de uma cooperativa de veículos e chegou a ser condenada em primeira instância a 1 ano e 4 meses de prisão por apropriação indevida. A deputada, no entanto, recorreu da decisão. Assim que tomou posso como deputada, a parlamentar teve o caso remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), a quem cabe julgar pessoas com foro privilegiado. O processo acabou prescrito, uma vez que já havia passado muito tempo. (Noticias ao Minuto)

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