O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), avalia que o procurador, e chefe da Força-Tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol deixou claro em entrevista exclusiva concedida à CNN Brasil na última sexta-feira (3) que a operação é um movimento político.
Na ocasião, o procurador disse que com a saída do ex-juiz Sergio Moro do ministério da Justiça, passou a interessar ao governo Bolsonaro e seus aliados a “desconstrução” do seu ex-colega de Lava Jato pelo receio de que ele venha eventualmente a concorrer às eleições de 2022.
“Ontem, o procurador Deltan deixou muito claro que [a Lava Jato] é um movimento político, pois ele disse que as ações contra a Lava Jato são para prejudicar a candidatura de Moro em 2022. Está muito claro qual o jogo que está sendo jogado. Depois o Moro foi no Estadão agredir o PGR”, disse Maia.
De acordo como informações do portal UOL, a declaração foi dada durante debate transmitido ao vivo pelo grupo de juristas progressistas Prerrogativas no último sábado (4). Ao Estadão, Moro, por sua vez, chamou os ataques à Lava Jato de “revisionismo” e disse que não entende onde quer chegar “quem ataca” a operaçõa.
Para Maia, a eleição de Bolsonaro em 2018 é um “subproduto do lavajatismo”. Na avaliação do parlamentar, o campo que foi construído pelos defensores do combate à corrupção “acabou obrigado a agregar nele”, muito mais pelo rápido crescimento da candidatura de Fernando Haddad, “que rapidamente atingiu 16%”, analisou.
Bnews
