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"Consegui evitar o pior", diz pai que passou por filha para prender pedófilo

rede socialO empresário Daniel da Silva Ferraz, de 34 anos, teve a coragem de se passar pela filha de nove anos, em uma página de rede social, para ajudar a polícia a prender um homem suspeito de pedofilia.

Segundo o pai da vítima, a história começou há cerca de um mês e meio, quando ele percebeu que a filha começou a ser contatada por meio da página dela no Facebook.

“O primeiro contato dele com ela foi no dia 29 de junho. Eu tinha a rotina de, uma vez por semana, entrar na página do Facebook dela e ver com quem ela falava. Até então, ela só conversava com parentes e coleguinhas de escola”, afirmou Daniel ao UOL.

Ele desconfiou que havia algo estranho ao ler que o suspeito elogiou o corpo da filha. “Não tinha nenhuma foto insinuante. Eram fotos de cotidiano de criança, fotos infantis. Eu cliquei no perfil dele e vi que havia apenas uma foto do Batman. Outra coisa que me chamou a atenção foi que as amizades dele, a maioria, eram com meninas que aparentavam a mesma idade da minha filha”, descreveu o empresário, que passou a monitorar o caso e começou a se relacionar com o suspeito se passando pela filha.

“Quando a conversa começou a ficar mais pesada, com mensagens eróticas e a possibilidade de um encontro real, eu procurei a polícia e passei a eles a senha da página. Eles começaram, em tempo real, a ter acesso a nossa conversa”, contou ao portal.

O acusado foi preso por policiais civis, no momento em que se preparava para se encontrar com a menina, em uma padaria da cidade de Juiz de Fora. Ele deverá responder pelos crimes de tentativa de estupro de vulnerável, transmissão de material de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e abandono de incapaz.

“Ele confessou tudo, confirmou o conteúdo das conversas e o encontro que supostamente teria com a menina. No entanto, ele nega que iria executar atos de sexo com ela.”, disse a delegada Ione Barbosa, titular da Delegacia de Mulheres de Juiz de Fora.

“Fico aliviado porque não deixei o pior acontecer. Como pai, eu me sinto realizado por ter impedido uma possível violência contra uma criança. Como cidadão, eu fico também realizado por ter ajudado outros pais a ficarem alertas com a internet.”, contou o pai, após o desfecho da história.

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