Conheça os riscos do temido efeito sanfona

Um estudo realizado em 2014 descobriu que 60% das pessoas que fazem dietas radicais acabam testando cerca de 20 dietas ao longo de toda a vida. E não é preciso perder e ganhar muito peso para acontecer o efeito sanfona, se essa perda e esse ganho de peso ocorrer em semanas ou meses em vez de anos, trará consequências para a sua saúde.

Dietas radicais fazem as pessoas recuperarem o peso ainda mais rápido. Estudos sugerem que o corpo se esforça para manter o peso e que, por isso, quando perde quilos, o corpo realiza mudanças hormonais que aumentam o apetite e tipicamente fazem voltar ao nível original de peso e gordura.

Prejudicam mais o coração do que a obesidade. Uma pesquisa realizada por cientistas do Memorial Hospital de Rhode Island, que analisou 158 mil mulheres acima de 50 anos durante 11 anos, concluiu que as mulheres que admitiram ter feito dietas radicais mais de quatro vezes na vida tinham 3,5 vezes mais probabilidade de morrer de um ataque cardíaco do que as mulheres cujo peso se manteve estável, mesmo as que eram obesas.

Fazem parecer mais velho. Estar constantemente perdendo e ganhando peso – principal efeito das dietas radicais – faz com que o seu corpo fique cheio de estrias e a pele fique flácida, com uma aparência envelhecida.

Prejudicam os ossos. Ao que parece, o efeito sanfona afeta a densidade óssea, ainda que não se saiba se a culpa é da dieta radical ou dos períodos de fome pelo qual passam as pessoas que fazem este tipo de dieta.

Prejudicam o cabelo. As dietas restritivas podem fazer com que o corpo sofra de uma deficiência de certos nutrientes no organismo, o que, entre outras coisas, prejudica a saúde e a beleza do cabelo.

Podem prejudicar as gengivas e os dentes. A falta de vitaminas e minerais que decorre das dietas restritivas pode prejudicar a saúde das gengivas e dos dentes.

Podem estar ligadas ao câncer. Estudos sugerem que pode haver uma relação entre o efeito sanfona e alguns tipos de câncer. Isto porque as dietas radicais podem reduzir o número e a eficácia das células do sistema imunológico, que são a primeira linha de defesa do corpo contra as células tumorais.