Concluir julgamento é “proeza”, diz Joaquim Barbosa
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, classificou nesta segunda-feira (17) como “proeza extraordinária” a conclusão do julgamento, que, ao longo de quatro meses e meio, consumiu 53 sessões do plenário. Indagado pelos jornalistas no intervalo se estava satisfeito com o término do processo, o relator disse: “Ah, sim, pelo menos conseguimos ultrapassar essa etapa, que tenhamos conseguido terminar esta ação já é uma proeza extraordinária, apesar do tempo longo que levou para essa conclusão”. Joaquim Barbosa disse que nunca mais vai se ouvir falar no Supremo “de uma ação tão longa, de um julgamento tão complexo”.
O relator do processo disse que a lição que fica é a de que a Corte “não deve chamar para si processo dessa dimensão”. “O tribunal está paralisado há quatro meses”, afirmou. O presidente do STF disse que, em 2006, chegou a propor ao colegiado o desmembramento do processo, mas foi voto vencido. Barbosa disse ainda ser contrário ao foro privilegiado. Foi por causa das acusações contra os deputados federais, que só respondem criminalmente perante o Supremo, que o caso ficou todo ele na Corte.