Cotidiano

Comportamentos de crianças e adolescentes podem dar sinais de transtorno mental

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Foto: reprodução

A maioria dos transtornos mentais se manifesta no início da fase adulta, porém, em alguns casos os sintomas já podem ser observados na infância e adolescência. Perceber esses sintomas e encaminhar o indivíduo para um acompanhamento adequado é essencial para estabelecer um diagnóstico precoce, fundamental para prevenir o agravamento do quadro e evitar prejuízos futuros.

 

Este tema será debatido durante o Encontros Holiste de fevereiro, que aborda a “Saúde Mental na Infância e Adolescência” nas palestras da psicóloga Daniela Araújo e do psiquiatra Mateus Freire, ambos integrantes do Núcleo Infantojuvenil da Holiste Psiquiatria.

O Encontros Holiste é um evento gratuito, voltado para familiares e cuidadores de pessoas com transtornos mentais, com o objetivo de conversar sobre cuidados em saúde mental.  O evento acontecerá no dia 21 de fevereiro, uma quarta-feira, às 19h, no auditório da Holiste.

 

“As expressões da angústia na infância e adolescência” é o tema da exposição da psicóloga Daniela Araújo, coordenadora do Núcleo InfantoJuvenil da Holiste.

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“Sabemos que os sinais de sofrimento na criança ou no adolescente nem sempre aparecem de forma equivalente, inclusive se comparado ao adulto. Portanto, para conversar sobre esta questão, tomaremos as seguintes perguntas: quais as expressões da angústia na infância e adolescência (hoje)? Quando buscar tratamento para uma criança ou adolescente?”, explica a psicóloga.

 

O médico psiquiatra Mateus Freire abordará o papel do psiquiatra no cuidado da criança e do adolescente na palestra “O diagnóstico psiquiátrico na infância: desafios e potencialidades”.

 

“Os profissionais que trabalham com a infância e a adolescência são frequentemente instados a dar respostas e explicações sobre o comportamento da criança a seus responsáveis, ou a instituições como a escola, exigindo constante atualização da equipe multidisciplinar acerca dos critérios e ferramentas diagnósticas. Mais do que simplesmente se encontrar um “rótulo” adequado para a criança, penso que a questão do diagnóstico psiquiátrico para esse público é como andar em uma corda bamba: ao mesmo tempo que a correta identificação dos transtornos mentais é fundamental para se apontarem os caminhos do seu tratamento e prevenir riscos, é preciso muito cuidado e sensibilidade para se evitar que os comportamentos da criança, e seus aspectos subjetivos, sejam entendidos somente como expressão de uma doença”, conclui o psiquiatra.

 

 

 

O que fazer

 

Ao perceber mudanças bruscas de comportamento ou dificuldades de aprendizado na criança, o ideal é que os pais a encaminhem para ser avaliada por um especialista. Esse encaminhamento também pode ser feito pela escola, por um outro membro da família, pelo pediatra ou um médico de outra especialidade, que podem perceber os sinais e indicar o atendimento especializado.

 

Porém, é importante lembrar que nessa fase a personalidade do indivíduo ainda está em formação. É preciso evitar que mudanças naturais no comportamento de crianças e adolescentes sejam entendidas, apenas, como expressão de uma doença, criando rótulos que podem estigmar a formação de sua personalidade.

 

 

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