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Com um tombamento inexistente, Barracão Cultural de Mutuípe, poderia ser demolido e espaço cedido a nova intervenção pública

Equipamento nunca foi tombado e está prestes a cair.

Um casarão antigo, localizado no Centro de Mutuípe, tem sido motivo de vários questionamentos nos últimos anos, afinal o Barracão Cultural, antigo centro comercial da cidade é ou não tombado?

Antes de discorrer a respeito do tombamento ou derrubada, é importante salientar a tamanha contribuição social do espaço, principalmente depois que a feira-livre foi transferida para a avenida Beira Rio. Quem não se lembra dos cursos de crochê, corte, costura, manicure, teclado, capoeira, karatê, entre outros desenvolvidos nos governos do ex-prefeito Carlinhos (PT).

Várias exposições, feiras temáticas e festas também foram realizadas no espaço. Mas há muitos anos a coisa mudou, e ainda nos governos petistas, onde se desenvolvia a arte e cultura ao longo dos anos foi se tornando um depósito, num espaço “abandonado” sob o argumento de que não se pode tocar.

Nos últimos anos a madeira já bastante antiga deu sinais de que estava ruindo, as paredes também. Fala-se em reformar o espaço, referências ao local são citadas nos planos de governos de postulantes a prefeitura de Mutuípe, o que mostrou boa fé dos prefeituraveis na eleição passada com o barracão.

Só a título de comparação, a Casa de Cultura, pertencente a secretaria de cultura do estado, também não é tombada, possui grande valor histórico e uma grande diferença do barracão, por lá o prédio está bem preservado e em constante manutenção e conservação.

Em tempos de crise, de cortes na área da cultura, muito dificilmente um valor grande em dinheiro seria dispensando pelo governo estadual ou federal, para fazer uma reforma a altura e colocar o barracão em plenas condições de uso, atrelado a isso, a disponibilidade de outras áreas que poderiam suprir a demanda perfeitamente, a sede das escolas do campo, ou o sítio Menino de Luz são bons exemplos, aparentemente em breve o atual sede do Colégio Professor José Aloísio Dias – CEJAD, também.

Nas últimas semanas, a prefeitura, decidiu retirar o telhado, visto que o risco de desmoronamento era eminente. Respeita-se aqui o desejo dos que querem reformá-lo, mas tamanha área também poderia servir para a construção de um centro administrativo, uma praça ou uma escola. Para que isso ocorra o primeiro passo é que haja um projeto de intervenção e provavelmente, menos difícil de conseguir o recurso.

Consultando o IPAH – Instinto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nenhuma evidência de tombamento foi encontrada, nem no IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. A câmara de vereadores nunca avaliou o tombamento, nem a prefeitura tem registros.

Pode-se afirmar que existe o sentimento de tombamento, mas oficialmente não.

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