Cidades

Ciente de empréstimo, Dirceu teria ligado para banqueiro para sinalizar benesses

JOSE DIRCEU - ABATIDODepoimento do publicitário Marcos Valério, condenado há mais de 37 anos de prisão no processo do Mensalão, basearam parte das investigações que foram alvo da 27ª fase da operação Lava Jato, deflagrada na madrugada desta sexta-feira (1º). Segundo o procurador Diogo Castor, em entrevista coletiva concedida pela força-tarefa da Lava Jato na manhã desta sexta, apesar de serem investigações e esquemas independentes, há pontos de ligação entre o Mensalão e o esquema investigado pela Lava Jato. Um dos alvos da nova fase, batizada de Operação Carbono-14, é o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenado do Mensalão.

Segundo Castor, Delúbio, que foi conduzido coercitivamente nesta sexta, foi apontado em depoimentos como a pessoa que representou os interesses do PT junto ao banco Schahin, para a obtenção do empréstimo ao pecuarista José Carlos Bumlai. Segundo o procurador, o ex-presidente da instituição financeira, Sandro Tordin, relatou que Delúbio teria acompanhado Bumlai na reunião sobre o empréstimo e explicado que o pedido tinha apoio do partido. Delúbio também teria indicado que a Casa Civil, ainda sob comando de José Dirceu à época, faria uma sinalização sobre a contrapartida do empréstimo.

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A versão foi corroborada por Bumlai, que afirmou, no entanto, que Delúbio estava ciente da operação, mas não teria participado da reunião diretamente. Tordin, no entanto, no período em que foi feita a solicitação, relata ter recebido um telefonema de Dirceu, tratando de “banalidades”. Como não haveria motivos para a ligação, o banqueiro entendeu que seria a sinalização aguardada por parte da Casa Civil.

De acordo com as investigações, o grupo Schahin, após ter concedido o empréstimo, no valor de R$ 12 milhões, ganhou um contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, no valor de R$ 1,6 bilhão – parte desta quantia, aponta a força-tarefa, seria destinada para a quitação do empréstimo. O contrato, firmado em 2004, ainda está vigente.

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