Candidaturas transexuais crescem pelo Brasil
Candidatos transexuais disputam vagas nas Câmaras e prefeituras Brasil afora nas eleições de 2016. Segundo levantamento feito pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e pela Folha de S. Paulo, são ao menos 84.
A professora Luiza Coppieters (PSOL), candidata à Câmara de São Paulo, explica o crescimento em entrevista à Folha.
“A gente começou a aparecer, e temos demandas bastante específicas”, diz ela. “Além disso, acho que há uma politização do movimento, não estamos mais lutando só pela garantia de direitos básicos, mas indo além.”
O partido com maior número de transexuais na disputa é o PSOL, com 15 candidatos. Duas realizam um feito inédito: mulheres trans que disputam um cargo majoritário no país.
A baiana Samara Braga, 33, e a paulista Thífany Félix, 46, concorrem, respectivamente, às prefeituras de Alagoinhas (108 km de Salvador) e Caraguatatuba (178 km de São Paulo).
Questionada sobre o programa Transcidadania, implantado na capital paulista durante a gestão Haddad, que dá bolsas para travestis e transexuais no ensino básico, Luiza considerada um “marco”, mas ainda insuficiente.