Saúde

Câncer de testículo: autoexame ajuda a identificar sinais precoces de infecções, inclusive, de tumor

Abril é mês de conscientização da doença; seu reconhecimento precoce atinge altas chances de cura com o tratamento adequado.

Um tipo de câncer raro que acomete adultos em fase de maior atividade sexual e reprodutiva: o de testículo. O tumor responde por aproximadamente 2 a 3% de todos os cânceres em homens.  “É um tumor que frequentemente acomete pacientes jovens (entre 20 e 40 anos), que pode ser agressivo e que, por isso, deve ser diagnosticado o mais precocemente possível para aumentar as chances de cura e, abril é o mês de conscientização dessa doença. O autoexame do testículo é um procedimento extremamente rápido, que pode ser feito uma vez por mês. Esta pequena avaliação ajuda a identificar sinais precoces de infecções, inclusive, do câncer”, conta o oncologista Higor Kassouf Mantovani, do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia

Segundo o médico, na maioria das vezes, o câncer de testículo se manifesta por um caroço no órgão (que pode ou não doer) e que altera as suas características (tamanho, consistência e cor). “O exame clínico do testículo pode facilmente detectar tais alterações e deflagrar o processo de investigação e diagnóstico. Entretanto, a palpação do órgão genital masculino é vista por muitos homens como um motivo de vergonha; por isso, existe uma tendência em hesitar a procura do médico logo no início dos sintomas, o que pode atrasar a detecção precoce de um possível câncer. Não incomumente, a parceira do paciente é a responsável por notar as alterações descritas anteriormente e incentivar que ele procure um médico”, conta.

O principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo é a criptorquidia, popularmente conhecida como o “testículo que não desceu” ou “mal posicionado”. “A criptorquidia é quando se tem a ausência ou a não localização do testículo na bolsa escrotal. Esta condição pode aumentar de 3 a 5% a chance de desenvolver o câncer do testículo e geralmente é reconhecida desde o nascimento, podendo ser acompanhada por um médico urologista”, explica Dr. Higor.

Esperança no tratamento

E foi durante a pandemia do Covid 19, que o funcionário público Vítor Fernandes Pereira, de 34 anos, começou sentir dor no testículo. “Devido ao coronavírus, com receio de sair de casa e ir ao médico, meu diagnóstico atrasou pelo menos dois meses. Foi necessária a remoção do testículo, por isso fiz o congelamento do meu esperma para ter maior chance de ter filhos.  A cirurgia foi bem simples, com poucas dores, mas o câncer era maligno, o mais agressivo, e precisei de quimioterapia. A humanização no tratamento tornou tudo mais fácil de ser encarado e toda a equipe fez com que os dias passassem com tranquilidade, otimismo, atenção e serenidade. Atualmente, faço o acompanhamento espaçado de dois em dois meses. Ainda sinto medo, mas sei que estou bem assistido”, conta.

Destaque na mídia

O câncer de testículo já foi pauta da mídia quando atletas internacionalmente conhecidos do mundo do basquete, futebol e ciclismo tiveram o diagnóstico. Mais recentemente, no início de março, o ator brasileiro Léo Rosa, de apenas 37 anos, morreu por complicações da doença. “É conhecido pela mídia que o ator começou a se dedicar a um tratamento alternativo que envolve o consumo de alimentos naturais para ter melhor qualidade de vida.  É importante ressaltar que o câncer de testículo, quando diagnosticado em estágios iniciais, é potencialmente curável com a cirurgia de retirada do órgão acometido. A quimioterapia pode ser necessária para complementar o tratamento e aumentar o percentual de cura, reduzindo as chances de recidiva da doença. Até mesmo quando o câncer se apresenta com metástases em outros órgãos, o tratamento com quimioterapia tem grande eficácia e pode controlar a doença por um longo período. São tratamentos com comprovação científica. Por ser um câncer raro, pode gerar a falsa impressão de que ele não existe. Mas existe! E seu diagnóstico precoce possibilita a cura na maioria dos casos e, por isso, os homens devem ser incentivados ao autoexame e a procurar um médico ao primeiro sinal que gere a suspeita deste câncer”, finaliza o especialista.

*Higor Kassouf Mantovani é especialista em Oncologia Clínica pela Unicamp e em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). É também mestre em Oncologia pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e oncologista do Hospital da Mulher (CAISM/Unicamp). É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia (ASCO). Higor é oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Madre Theodora, no Hospital Santa Tereza, na Santa Casa de Valinhos e no Hospital da Mulher (CAISM/Unicamp).

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por dez especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva e Higor Montovani e os hematologistas Bruno Kosa Lino Duarte e Sonia Iantas. 

Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br  e nas redes sociais @gruposonhe.

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